Obrigado
Venho desta forma agradecer a todos aqueles que votaram no PPM e participaram no esforço eleitoral que fizemos. O resultado eleitoral não é bom e deixou-nos exactamente no ponto onde estávamos (ainda falta apurar os votos dos círculos da emigração, pelo que é provável que se supere o resultado anterior por umas dezenas de votos).
Assumo pessoalmente todas as insuficiências da campanha e todos os erros. Mas estou de consciência tranquila. Fiz tudo o que estava ao meu alcance e continuo a acreditar que defendemos o interesse nacional.
No que diz respeito à questão monárquica, o PPM também fez o que tinha de fazer. Denunciámos as insuficiências e até a natureza ditatorial – no que diz respeito à imposição da natureza do regime – do regime republicano. Não vi nenhum outro político monárquico de outros partidos falar sequer no tema.
O PPM não se assume como o partido de todos os monárquicos. Somos apenas o único partido que assume, do ponto de vista programático e estatutário, a sua opção monárquica. A verdade é que a esmagadora maioria dos monárquicos opta por votar noutros partidos (mesmo naqueles que programaticamente se definem como republicanos). Estão no seu pleno direito democrático e cívico. Nada tenho a recriminar a este respeito.
Outra coisa é que alguns monárquicos se arroguem o direito de interferir na vida interna do PPM. Com que direito? O PPM não é tutelado por ninguém a não ser pelos seus militantes e órgãos dirigentes. Por que razão um militante ou simpatizante monárquico de outro partido acha que tem a prerrogativa de interferir na nossa vida interna? Em algum momento o PPM se arrogou o direito de interferir nas posições dos militantes monárquicos dos outros partidos? O que existe aqui é total independência de parte a parte.
Quem decide a nossa vida interna são exclusivamente – repito, exclusivamente – os militantes do Partido. Que não fique qualquer dúvida a este respeito!
Paulo Estêvão
Presidente da Comissão Política Nacional do P.P.M.