As origens da Casa de Bragança radicam na figura de D. Nuno Álvares Pereira.
Nasceu em 1390, filho do Prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira. Por vontade de3 seu pai, casou muito jovem com Leonor de Alvim, alcançando um importante dote em terras situadas no Entre-Douro-e-Minho, que a tradição atribui às Terras de Basto.
A sua vasta experiência militar foi iniciada ao serviço do Rei D. Fernando, tendo sido nomeado Condestável do Reino por D. João I, durante as guerras da Independência de 1383-1385.
Foi o principal responsável pela vitória portuguesa em Aljubarrota.
O seu poder e prestigio foram amplamente reconhecidos por D. João I que lhe outorgou o título de Conde de Ourém, Marquês de Arraiolos e 7º Conde de Barcelos.
Em 1401, por ocasião do casamento da sua filha D. Beatriz com D. Afonso, filho natural de D. João I, cedeu ao genro o título de Conde de Barcelos, juntamente com muitas propriedades que constituiriam a base fundiária da Casa de Bragança, como conta a Crónica do Condestabre:
E o Conde deu em casamento a sua filha com Dom Afonso o condado de Barcelos com terra de Penafiel de Bastuço e Montalegre. E a Picom«nha. E Portelo com Terra de Barroso. E a vila de Chaves com a sua terra. E Baltar. E o Arco de Baúlhe. E certas quintãs que o conde havia entre Douro e Minho e outras rendas.
Barcelos e a Casa de Bragança
A vila de Barcelos deve muito a duas obras da responsabilidade do Conde D. Afonso: a cerca da vila e o palácio condal.
A cerca foi construída entre 1406 e 1420 e circuitava o perímetro urbano de Barcelos, com as suas três torres de porta: a da Ponte, a do Vale e a de Cimo de Vila, a única que subsiste.
Na vista que Duarte Darmas desenhou entre 1509 e 1511, podemos ver a vila dentro de muros e o Paço Condal e a Torre da Ponte em primeiro plano.
Armas do Conde / Brasão de Barcelos
Possessões de D. Nuno Álvares Pereira (1376-1401)