Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Feriados á toa?

Um Feriado por definição é um – “dia em que se descansa do trabalho oficial, por determinação civil ou religiosa”, sob o pretexto de algum acontecimento que se achou por bem relevar, acrescento.
Portugal tem (tinha) 14 Feriados Nacionais a que se junta pelo menos um Feriado Municipal, sendo 9 Religiosos e 5 Civis, que me atrevo a dividi-los em dois grupos – Indiscutíveis  e Discutíveis – imaginando esta classificação quase consensual na População Portuguesa:

Feriados indiscutíveis (6):
Ano Novo / Sexta-feira Santa / Pascoa / Natal / Carnaval /Dia do Trabalhador
Feriados discutíveis (8):
Corpo de Deus / Assunção de Nossa Senhora / Dia de Todos os Santos / Imaculada Conceição / Dia da Liberdade / Implantação da República / Restauração da Independência / Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas

Reflectindo um pouco sobre os Feriados classificados como “Discutíveis”, confesso que vejo poucos argumentos para contrariar a hipótese dos feriados religiosos não migrarem para o Domingo mais próximo, assim como também não descortino qualquer argumento contrario a que os conceitos enaltecidas nos quatro feriados Civis – Pátria, Liberdade, República/Monarquia e Independência – não possam ser todos “fundidos” num único Dia de Portugal.
E qual seria a melhor data?
Não será melhor perguntarmos aos nossos historiadores, aos nossos politólogos, e porque não a todos os Portugueses, qual a data mais objetiva, mais natural, na pratica qual a data que melhor “serve” para comemorarmos a Pátria Portuguesa?
Por mim não tenho dúvidas:
1º - Dia de 1 Dezembro ( se não tivesse acontecido seriamos hoje a 6 província Espanhola)
2º - 5 de Outubro ( qual ? o da Republica de 1910 ou o de 1143 Tratado de Zamora, 1º reconhecimento “oficial” de Portugal enquanto Nação?)
3º - 10 de Junho ( dia da morte de Luis de Camões. Comemorar Portugal no dia da morte da sua mais consensual personagem como referencia da Nação Portuguesa? E se Camões não tivesse existido? Seria Fernando Pessoa, que morreu a 30 de Novembro?)
4º - 25 de Abril (já não faz sentido)

Melhores cumprimentos

Paulo Corte-Real Correia Alves
Presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional do PPM

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