Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

quarta-feira, 13 de junho de 2012

S.A.R., Dom Duarte de Bragança, no lançamento do livro "D. Manuel II e D. Amélia - Cartas Inéditas do Exílio"

Salão Nobre da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Largo de São Domingos, Lisboa.

Professor Doutor Fernando Amaro Monteiro, S.A.R. o Duque de Bragança e Presidente da Direcção da Sociedade Histórica de Portugal, Eng.º Alarcão Troni, durante a sua intervenção.
 Professor Doutor Fernando Amaro Monteiro durante a sua alocução.
Professor Doutor Fernando Amaro Monteiro, S.A.R. o Duque de Bragança, Eng.º Alarcão Troni (Presidente da Direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal), Dr.ª Anna Manso Pinheiro (Editora da Editorial Estampa) e Professor Doutor Mário Artur Machaqueiro, da Universidade Nova de Lisboa.
Discurso de S.A.R. o Duque de Bragança.
Na primeira fila, em terceiro lugar à minha direita, S.A.S. o Infante Dom Miguel, Duque de Viseu.

Discurso de S.A.R., o Senhor Dom Duarte de Bragança, Presidente da Fundação Dom Manuel II, que esteve presente no lançamento do livro da autoria do Prof. Doutor Fernando Amaro Monteiro, "D. Manuel II e D. Amélia - Cartas Inéditas do Exílio", editado pela Editorial Estampa, no Salão Nobre da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

Senhor Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal,
Senhoras e Senhores:
É sempre com a maior satisfação que venho a esta Casa, cuja orientação e finalidades são tão caros ao meu coração de Português. Mais do que nunca, nas dificuldades colectivas que atravessamos, uma Instituição como esta tem um papel fundamental na preservação da nossa Identidade pátria.
Vejo pois com contentamento que a Sociedade Histórica da Independência de Portugal tenha acolhido o esforço que a Editora “Estampa” – cujos quadros felicito – desenvolveu, publicando um livro que contribui para divulgar dois notáveis vultos da nossa História: o Rei Dom Manuel II e sua Mãe, a Rainha Dona Amélia.
São personalidades extraordinárias, sobre as quais ainda não se lançou a luz completa que a justiça lhes deve. Pelo contrário, embora cada vez mais rara, ainda sobre eles se insinua, aqui e acolá, uma maledicência perita, porque joga com meias verdades e induz a equívocos entre aquelas pessoas que sejam ingénuas ou leiam sem precaução crítica. Essa é a forma mais perversa de mentir: atingir um resultado falso com coisas meio-verdadeiras…
Por isso, como Presidente da Fundação Dom Manuel II, pedi ao Professor Fernando Amaro Monteiro que ali estudasse e comentasse a documentação
contida no livro de que hoje a “Estampa” faz o lançamento. Não há nada como o exame do documento autêntico para se chegar a conclusões verdadeiras.
No contexto de uma época e de circunstâncias as mais polémicas, Dom Manuel II ressalta deste livro como foi: um homem bom e superiormente culto, grande Português, inebriado pelo serviço da Pátria.
Depois de 5/Outubro/1910, ele não passou a ser um “ex-Rei”… Durante os 22 anos do exílio, reinou permanente e incontestavelmente, porque sempre ao serviço gratuito do País, olhando com superioridade e distância, por vezes mesmo com impaciência, quaisquer choques e intrigas que a partir de Portugal pretendessem envolvê-lo.
Como diz o autor na contracapa do livro, Dom Manuel II era, no Estrangeiro, um “embaixador incógnito” de Portugal. Quanto à Rainha Mãe (minha Madrinha), foi sempre, até morrer, “uma torre”, como no livro se lhe chama.
Contribuem para prová-lo estas cartas até agora desconhecidas.
Muito obrigado a todos vós!

Dom Duarte
Fonte: Joana Dias Pereira

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