Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Trabalhadores do privado perdem mais de um salário líquido. Faça as suas contas

O primeiro-ministro anunciou que os trabalhadores do sector privado vão passar a descontar 18% para a Segurança Social em 2013, em vez dos actuais 11%. Na prática, cada trabalhador vai perder o equivalente a mais de um salário líquido no fim do ano.

Para fazer as suas contas, a Renascença desenvolveu um simulador para saber como é que vai ser afectado pelas novas medidas anunciadas por Pedro Passos Coelho. Pode descarregar AQUI a calculadora.




José Gomes Ferreira é um analista insuspeito e o seu comentário, ontem na SIC Notícias, a propósito das mais recentes medidas de austeridade delineadas pelo Governo, faz temer pelo futuro próximo. Resumi-las como um «erro político» - o maior do actual Executivo - capaz de dar «guerra», nada augura de bom, sendo ainda que os objectivos económicos e sociais visados (desde logo, o combate ao desemprego), na sua perspectiva não serão também alcançados.
Portanto o Governo falhou, está a falhar, e o descontentamento das pessoas - de que os facebooks são um espelho fiel - é manifesto. Cresce o cepticismo, a revolta, o sentimento de injustiça e de medo.
Pela parte que me toca, declarar-me-ei imediatamente na Oposição logo que surja alguém com aparência de fazer diferente e melhor. Enquanto não, manterei o argumento de que, governando à esquerda, - seria pior. Muito pior.
E com todo o respeito pelo modo desagradado com que os portugueses reagem a estas tristes notícias, bem reveladoras dos tristes tempos que esperam por nós, sempre frisarei - em presença da desgraça - nos falta, para a combater, um sentido comum do rumo nacional. Algo que o Chefe de Estado, Cavaco Silva, não assegura porque em torno de si não sabe (nem dispõe de meios institucionais para) congregar os cidadãos.
Mas isso é outra história. Outra Bandeira...
Privados podem afinal perder até dois salários líquidos, Função Pública perde até três
Afinal os trabalhadores vão enfrentar um corte no salário que levam para casa que pode chegar aos 14%, ou seja, o equivalente em termos líquidos ao subsídio de férias e de Natal. Os funcionários públicos ainda ficam pior, podem perder até três. Efeitos que o primeiro-ministro omitiu na sua intervenção.
Na simulação efectuada para um titular não casado e sem dependentes (ver segunda tabela em baixo).

Sem comentários:

Enviar um comentário