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Manuel Beninger

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Barcelos saldou dívida de gratidão a S. Nuno

A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos inaugurou ontem à tarde a estátua de S. Nuno de Santa Maria, junto aos Paços do Concelho, numa cerimónia marcada por ruidosos protestos populares contra o Governo e a troika.
Na inauguração era esperada a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, mas o governante foi substituído à última da hora pela sub-secretária de Estado Vânia Dias da Silva, que acabou por não discursar.
Apesar da «barulheira» que se ouviu, o provedor da Misericórdia de Barcelos afirmou que a crise que o país atravessa só poderá ser vencida com a partilha de que S. Nuno foi exemplo. «É neste exemplo de partilha e obras de misericórdia que terá de assentar a esperança de Portugal», disse. 
António Pedras reconheceu que a cerimónia, em que participaram várias individualidades locais e nacionais, entre as quais os Duques de Bragança, ficou «manchada por manifestações de hostilidade». «As manifestações não foram para S. Nuno, foram para os políticos. Mas não se tratou de uma homenagem a políticos, mas sim a um dos maiores portugueses de sempre», frisou. Para o provedor a mensagem do Condestável tem de ser atualizada e interiorizada pelo Governo. «A humildade de que deu provas o Condestável tem de ser exercício do dia a dia do Governo», afirmou. Para António Pedras, a honestidade e a caridade são fundamentais ao «difícil ofício de governar».
Apesar da Misericórdia «não fazer política», a instituição decidiu estender a homenagem aos militares que «têm sido muito mal tratados».
O provedor salientou que a inauguração da estátua a S. Nuno vai ficar gravada na história de Barcelos. «A sociedade civil barcelense vai saldar finalmente uma dívida de gratidão a um herói nacional e Santo», rematou.
A sub-secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros considerou normal a manifestação de ontem, mas lamentou o facto dos manifestantes «não terem percebido que se tratava de uma cerimónia de exaltação da pátria e do nacionalismo».
Aos jornalistas, no final da cerimónia, Vânia Dias da Silva falou dos «enormes sacrifícios» que os portugueses estão a fazer. «É preciso olhar para os sacrifícios que S. Nuno fez pelo país e lutar novamente», disse.
Jornal "Diário do Minho" de 4 de Novembro, pág 8

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