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Manuel Beninger

sábado, 2 de março de 2013

Assembleia Municipal - Plenário: “MOÇÃO DE REPÚDIO: PARQUÍMETROS/PARCÓMETROS”


MOÇÃO DE REPÚDIO

O contrato de concessão do estacionamento à superfície nas ruas de Braga não defende nem os moradores das 100 ruas abrangidas pela instalação de parcómetros, nem o comércio do centro histórico, que tanto tem sido prejudicado pela política municipal face às grandes superfícies.
Mas vamos aos factos:
Com este contrato de concessão, ficaram os moradores sem a garantia de poder estacionar os seus automóveis, nas artérias onde vivem, sem qualquer tipo de pagamento mensal. De facto, a taxa mensal de oito euros, em vigor actualmente, é, nem mais nem menos do que mais um imposto aplicado ao já frágil munícipe bracarense. Pior, pois o pagamento deste encapuçado imposto não garante que os moradores tenham lugar de estacionamento, nomeadamente de dia, pois os mesmos podem já estar ocupados. Ou seja, paga-se uma taxa e ela nada garante. Acresce que, com o alargamento dos parcómetros a uma centena de ruas – o que é uma barbaridade, diga-se  – há moradores que dispunham de lugar há décadas, desde o tempo em que Santos da Cunha alargou a cidade, e que agora vão ficar sem lugar e com uma taxa para pagar.  Trata-se, pois, de um retirar de direitos que só tem como justificação a péssima gestão financeira da Câmara nos últimos dois mandatos, com obras desnecessárias e caríssimas que acabam por ser pagas pela carteira dos bracarenses.
Por outro lado, o contrato de concessão assumido pela CMB deveria acautelar, nas ruas ou praças com comércio tradicional, e para a defesa desse mesmo comércio, a possibilidade de um período de carência de tempo, para que o automobilista pudesse ir a uma farmácia, ou comprar uns sapatos, um casaco, ou um simples jornal, recolher o filho do meio infantil ou escolar, parar para acolher um idoso a transportar, entre tantas outras situações de cariz humano. Tal colocaria os comerciantes do centro histórico em pé de igualdade com os que têm lojas nas grandes superfícies e onde o estacionamento é gratuito.
Este contrato de concessão, deveria visar e manter o direito do cidadão a usufruir de condições de vida modernas e num quadro de estabilidade que não poderia ser alterado pelo livre arbítrio de qualquer partido político, sem mandato para tal dos eleitores, e deveria contribuir para a sobrevivência do chamado comércio tradicional, já tão fustigado pela crise económica e pelas sucessivas atitudes restritivas da Câmara quanto à circulação e estacionamento de viaturas, ou seja, retirando-lhes, diríamos que deliberadamente, clientes.
A justificação de tentar com esta medida melhorar o trânsito e a mobilidade no centro da cidade é altamente falaciosa. Primeiro, o plano de expansão das ditas-cujas maquinetas vai muito além do centro da cidade. Segundo, a cidade não dispõe de transportes públicos eficientes e suficientes para fazer os cidadãos preterirem a utilização da viatura própria.

Assim o P.P.M. propõe a esta Assembleia Municipal que se aprove a seguinte moção:
A Assembleia Municipal de Braga manifesta o seu repúdio pela conduta da maioria socialista por não ter acautelado os interesses dos cidadãos e desagrado pelo lamentável contrato de concessão de parquímetros que em nada favorece os habitantes do centro histórico bem como é manifestamente negativo para o comércio do centro local de Braga.
Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga
01.03.2013
[Reprovado. Votos contra: PS; Favor: PSD, CDS, CDU, BE e PPM]

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