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Manuel Beninger

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles vai ser homenageado pela Gulbenkian


A homenagem irá decorrer depois da sessão de entrega do Prémio Calouste Gulbenkian 2013 à Biblioteca de Alexandria e ao seu director, Ismail Serageldin
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles vai ser homenageado na sexta-feira, pela Fundação Calouste Gulbenkian, na inauguração de um centro interpretativo do jardim desta instituição, em Lisboa, com o nome do arquiteto, foi hoje anunciado.
De acordo com a Fundação Gulbenkian, a homenagem irá decorrer depois da sessão de entrega do Prémio Calouste Gulbenkian 2013 à Biblioteca de Alexandria e ao seu diretor, Ismail Serageldin, galardoado nesta segunda edição do prémio, no valor de 250 mil euros.
O galardão é atribuído anualmente pela Gulbenkian a uma instituição ou a uma pessoa, portuguesa ou estrangeira, que se tenha distinguido pelo seu papel na defesa dos valores essenciais da condição humana.
A cerimónia da entrega do galardão, prevista para as 18:00, na sede da Gulbenkian, em Lisboa, vai contar com a presença de Ismail Serageldin, Jorge Sampaio, presidente do júri do Prémio Calouste Gulbenkian, e pelo presidente da Fundação, Artur Santos Silva.
Em seguida, na mesma sessão, será homenageado Gonçalo Ribeiro Telles, 91 anos, que também estará presente, assim como a presidente da Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (International Federation of Landscape Architects, IFLA, segundo a designação original), Désirée Martínez.
No Centro Interpretativo que a Gulbenkian vai inaugurar no jardim, batizado com o nome do arquiteto, será possível conhecer a origem, a flora e a fauna daquele espaço verde (Prémio Valmor 1975) desenhado por Gonçalo Ribeiro Telles e por António Viana Barreto.
Ambos trabalharam na conceção do parque, jardins interiores e terraços ajardinados dos edifícios da Gulbenkian, em colaboração com os arquitetos do complexo de edifícios da Fundação, Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia.
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido em abril deste ano com o "Nobel" da Arquitetura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pelo IFLA, durante o congresso mundial dos arquitetos paisagistas.
O prémio reconhece "um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão".
Este galardão, considerado o "Nobel" da arquitetura paisagista, tem paralelo no Prémio Pritzker de arquitetura e comemora a contribuição extraordinária do arquiteto paisagista britânico Sir Geoffrey Jellicoe (1900-1996), fundador da IFLA.
Gonçalo Pereira Ribeiro Telles, nascido em Lisboa, a 25 de maio de 1922, licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, na capital do país.
Iniciou a vida profissional em Lisboa, como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, no século XX, que também presidiu a associação mundial dos arquitetos paisagistas.
São da autoria de Gonçalo Ribeiro Telles, entre outros projetos, o Corredor Verde de Monsanto e a integração da zona ribeirinha oriental e ocidental, na Estrutura Verde Principal de Lisboa.

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