PROJECTO com mais de uma década foi oficializado a 6 de Julho: a
Confraria da Vitela Assada à Moda de Fafe foi entronizada.
O dia 6 de Julho entrou para a história do concelho de Fafe co-mo data
em que foi entronizada a Confraria da Vitela Assada à Moda de Fafe, um projecto
com mais de uma década que agora foi oficializado.
Tomaram posse cerca de 40 confrades, que se comprometeram a defender,
valorizar e divulgar, na sua autenticidade, o prato mais típico de Fafe. Em primeiro
lugar, os restaurantes, a hotelaria, as firmas ligadas ao vinho e ao pão-de-ló
e, depois, as instituições e individualidades ligadas à investigação e
preservação do famoso repasto fafense. Estão neste caso, além dos autarcas José
Ribeiro, Vítor Moreira e Pompeu Martins, figuras como os jornalistas Ribeiro
Cardoso e Carlos Abreu, os escritores Carlos Afonso e Artur Coimbra e
personalidades ligadas à Naturfafe, como Teixeira Alves e Sílvia Fernandes.
Estiveram presentes, para apadrinhar a cerimónia, que começou na Igreja
Nova de S. José, continuou nos Paços do Concelho e culminou na Adega Popular,
com uma saborosa vitela assada, as Confrarias de Gastrónomos do Minho, Panela
ao Lume (Gonçalo Reis Torgal), do Pudim Abade de Priscos (Agostinho Peixoto),
do Pão-de-ló, e do Algarve.
A Confraria da Vitela Assada tem como antecedentes o I Festival
Gastronómico ‘Vitela Assada à Moda de Fafe’ realizado em 2000 e que teve como
objecto fixar o método e as técnicas de confecção do receituário e que passam
pela utilização como matéria-prima da vitela de raça barrosã, galega ou
cruzada; a apresentação da vitela em naco; a cozedura da vitela e da batata, em
simultâneo e lentamente, em forno a lenha, de forma a resultar o aspecto
“tostado”; a textura do molho com teor médio de gordura e o tempero não muito forte,
uma marinada de vinho verde tinto, louro e uma ligeira utilização das pimentas.
A indumentária dos confrades de Fafe é constituída pela capa (castanha e
amarela), o chapéu (castanho), o escapulário (tom de prata), com colar de pele
castanha e a vara, com a tonalidade do pau de marmeleiro, representando o pau
que os pastores usavam para tanger o gado e também o instrumento habitual na prática
do típico jogo do pau fafense.
A vitela assada é o prato típico das quartas-feiras em Fafe, bem como
das feiras francas que decorrem em Maio.
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