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Manuel Beninger

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Autárquicas em Braga - Ler para se entender o que está em jogo!



As autárquicas de Braga causam preocupações a todos aqueles que não ignoram quem é o candidato da iniquidade
Braga é a terceira cidade do país. Irrefutável esta classificação.
Antiquíssima sede de uma vasta diocese hispânica - o arcebispado bracarense - rival da de Compostela, Braga é (de acordo com o "Guia de Portugal" da Gulbenkian) uma cidade progressiva, capital de distrito e capital da província do Minho, situada a 6 quilómetros da margem esquerda do Cávado e próximo do sopé ocidental da corda montanhosa de Santa Marta - Falperra -, Espinho. Tem um belo santuário, o parque do Bom Jesus em estilo rocaille, o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, a Capela de São Frutuoso, do século XII (com estranhos laivos de sugestão bizantina) e, a 6 quilómetros, o velho Convento de Tibães, remoto cenóbio beneditino, alterado e ampliado no século xviii.
Além destes resquícios históricos, Braga avançou com o tempo e é hoje uma cidade moderna, repleta de juventude, que encontra nas Universidades do Minho e Católica blocos culturais onde amplia e desenvolve o estudo superior e a cultura.
Em pleno século xxi, será possível que Braga e os bracarenses aceitem ser governados por gente duvidosa, que ambiciona o poder político local a qualquer preço, como parece estar a acontecer numa antevisão catastrófica de eleições autárquicas carnavalescas que ameaçam a entidade moral e social de Braga? São inquietantes certos cartazes de propaganda partidária implantados na cidade, onde, invocando os melhores motivos, se promovem os piores candidatos e se esquece que a excelência de Braga exige não oportunistas marcados pela "ambição do demónio do ouro", como no dizer de Camilo Castelo Branco, e muito menos a ambição de um poder cego e obstinado, em detrimento de homens cuja nobreza de carácter e verdade recusam o poder pelo poder, o poder pela luxúria política e venenosa daqueles que, exibindo sorrisos balofos, escondem ambições espúrias exibindo máscaras com que pretendem iludir os que ainda acreditam na mentira dos tiranos de província.
As autárquicas de Braga, independentemente dos partidos, causam preocupações a todos aqueles que não ignoram quem é o candidato da iniquidade - não tem perfil, não tem história, não tem raça, o seu passado é uma nuvem de mistérios insondáveis, há quem o acuse de ilicitudes, enfim, é considerado por muitos o candidato da obscuridade?
Pergunto: Braga merece uma vez mais o risco de vir a ser governada por um qualquer pitoresco? Braga merece ter um subalterno como líder? Braga e os bracarenses merecem ser comandados por alguém que os quer delapidar? Braga merece vir a ser governada por um obeso pára-quedista de ocasião que Mesquita Machado vem manipulando a seu bel-prazer de há uns bons anos a esta parte e com total impunidade?
Por Mário Dias Ramos, Jornalista
Fonte: Página 14 do "Jornal i" de 25-09-2013

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