Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

sábado, 11 de maio de 2013

AS MENSAGENS DE EL-REI D. CARLOS I, por José Peres Silva Bastos

Quando se fala actualmente nos planos que Portugal, poderá adoptar para sair da crise, insistimos nos nossos valores ancestrais a que sempre nos ligámos, à terra e ao mar.
Após a entrada de Portugal na C.E.E., actual União Europeia, e a bem desta, delapidamos essa herança, da nossa estrutura sócio-económica, com consequências previsíveis. Encontramo-nos nessa encruzilhada, de saber se valerá o sacrifício de todos, voltarmos para a agricultura e igualmente para o mar, no intuito de salvarmos Portugal.
Afirmo, que valerá a pena, pois são premissas da nossa identidade de sempre.
Sobre isto tudo, o nosso Rei D. Carlos I, foi um visionário.
Iniciou a Oceanografia, e apontou o futuro do Mar, com factor de desenvolvimento.
Efectuou nas suas imensas terras particulares, estudos de rentabilização e apuramento de excelsa qualidade. Aqui, também imprimiu o seu cunho da procura contínua da perfeição, que impunha em tudo o que fazia. O futuro diz-nos que qualidade é sinónimo de sucesso. A realçar e a confirmar, os imensos prémios que obteve com produtos das suas terras, em feiras nacionais e estrangeiras, da especialidade. 
Esta nota, que escrevo, tem duas mensagens implícitas, ou até poderá ter várias, deixo isso ao vosso critério, mas que gostaria que entendessem.
A primeira é a constatação do trabalho exercido pelo nosso Rei, a segunda é o caminho que o actual movimento monárquico poderá legitimamente enveredar, como ideia primordial, para se reinstalar a monarquia em Portugal.
O contacto directo de El-Rei D. Carlos I, com o Mar e a Terra, trouxe-lhe a alegria de viver.
Vou-lhes falar, sobre a Terra.
Não vou fazer qualquer tese sobre este assunto, porque já está prácticamente feito esse trabalho, mas sim transcrever alguns apontamentos que nos ajudam a perceber qual o verdadeiro trabalho de um Soberano, por este motivo, passo a citar:
"D. Carlos tinha conhecimento efectivo das questões agrícolas e não apenas gosto lúdico ou estético pelo campo".
...
"Embora a identificação com o meio agrário transtagano tivesse consequências potencialmente negativas para a sua imagem junto da burguesia citadina, funcionando como mais um factor de distanciamento e, portanto, de impopularidade, D. Carlos assumiu a pele de latifundiário como nenhum antecessor havia feito. Integrando-se de forma plena nessa sociedade rural,
" O Rei atingiu duas coisas: o sentimento de pertença a meio social composto de classes sociais diferentes, mas integradas numa comunidade; e o estatuto de cidadão produtivo, numa economia, e da lavoura alentejana e ribatejana, que conseguiu mostrar dinamismo por volta de 1900".

O Rei D. Carlos I, mostrou deste modo, que procurando encontrar a integração do País com as suas géneses e identificações afectivas, a sua relação de figura máxima do regime, podia unificar de todo, Portugal.
A este facto, acrescento a sua forte vocação de diplomata, que ainda hoje, por manifesta falta de vontade ideológica, ou política, encontra-se esquecida e arquivada. Seria muito interessante promove-la devidamente.
Termino com esta subentendida mensagem, para todos os monárquicos portugueses:
"Talvez, por isso, possamos reter essa imagem marcante da felicidade alcançada pelo Rei nas suas terras, entre o seu povo, como ele confidenciava ao seu amigo Arnoso:
"Eu aqui não o rei, sou principalmente "o nosso lavrador" assim é que elles me dão vivas (e tocam-me bem mais)."

Porto, 27 de Novembro de 2011
Fontes:
Silva, Isabel Corrêa da; Seixas, Miguel Metelo de, D. CARLOS de corpo inteiro, Outubro de 2009, Ed. Objectiva.

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