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Manuel Beninger

sábado, 4 de abril de 2015

Os 10 castelos mais bonitos de Portugal

1. Castelo de Bragança
Gi Cristóvão
Gi Cristóvão
Uma primitiva fortificação de Bragança, poderá ter sido edificada no reinado de D. Afonso Henriques, quando esta região pertencia a seu cunhado, Fernão Mendes, sendo esta estrutura defensiva melhorada no reinado de D. Sancho I, que também concedeu foral à povoação em 1187. Na crise de 1383-1385, aberta pela sucessão de D. Fernando, o alcaide de Bragança, João Afonso, oscilou entre Portugal e Castela, obrigando à intervenção do D. Nuno Álvares Pereira, que o levou ao reconhecimento de D. João I. Em 1409, no reinado de D. João I, as defesas do castelo são melhoradas e é construída a imponente Torre de Menagem.
2. Castelo de Almourol
Foto: António Leão
Foto: António Leão
O castelo de Almourol, está situado numa pequena ilha que já era habitada no tempo da ocupação romana da península, a partir do século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, que a terão conquistado aos visigodos.  No âmbito da reconquista cristã da Península Ibérica, Almourol foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1129, que o entregou à Ordem do Templo. Esta ordem é responsável pela reconstrução do castelo, conferindo-lhe as características das fortificações templárias. A inscrição existente sobre o portão principal, aponta para a conclusão das obras em 1171.
3. Castelo de Marvão
Foto: Luis Mirão
Foto: Luis Mirão
O castelo de Marvão situa-se no mais alto pico da Serra de São Mamede, em pleno Parque Natural, a ocupação deste território pode remontar à pré-história, mas não há certezas quanto a isso, como também não há, sobre a sua ocupação pelos romanos, todavia a proximidade de uma via romana, que atravessava o rio Sever, aponta para essa possibilidade.   O que parece certo é que D. Afonso Henriques, terá conquistado esta fortificação aos mouros, por volta de 1166, na sequência da campanha que se iniciou com a conquista de Alcácer do Sal. A data mais antiga que atesta a pertença portuguesa deste castelo, é 1214.
4. Castelo de Montalegre
Foto: Fernando Ribeiro
Foto: Fernando Ribeiro
O Castelo de Montalegre foi construído já tardiamente, inserindo-se no movimento empreendido por D. Afonso III para a reorganização das fornteiras a oeste e a este de Chaves. O objetivo da sua construção foi o de que a fronteira setentrional de Trás-os-Montes fosse dotada de uma efetiva ordem territorial e jurídica, que deveria ficar sob o poder do Rei. No entanto, esse domínio régio durou pouco tempo, sendo que, ainda antes do término do século XIII, Pedro Anes recebeu, por parte do rei D. Dinis, a carta de foral de Montalegre, com o objetivo de povoar estas terras, já que, por essa altura, Montalegre encontrava-se completamente deserta.
5. Castelo de Sortelha
Foto: Luciano Cruz
Foto: Luciano Cruz
A povoação foi fundada por D. Sancho I, com população oriunda das proximidades de Santo Estêvão. Por esta altura, a reconquista portuguesa do território estava já bastante avançada para além do Tejo, mas ocorriam diversas escaramuças, a leste, na definição do território entre portugueses e leoneses. Houve necessidade de definir uma fronteira e de manter o constante controlo dessa linha. Contrapondo à política leonesa de vincar uma forte presença territorial com a vila fortificada do Sabugal, a leste do Côa, Portugal responde com a fundação, no séc. XIII, da praça militar de Sortelha.
6. Castelo de Arraiolos
Foto: Joe Price
Foto: Joe Price
O castelo de Arraiolos, tem como período aceite para a sua construção, o reinado de D. Dinis, por volta de 1310, sendo doado a D. Nuno Álvares Pereira, em 1387, que também recebeu o título de Conde de Arraiolos.   No reinado de D, João IV, em plena época da Restauração da Independência, o castelo foi remodelado, mas algumas décadas depois estava ao abandono e o terramoto de 1755, completou a ruína que já apresentava.
7. Castelo de Santa Maria da Feira
Foto: Jorge Órfão
Foto: Jorge Órfão
O Castelo de Santa Maria da Feira é um dos mais notáveis monumentos portugueses quanto à forma como espelha a diversidade de recursos defensivos utilizados entre os séculos XI e XVI. Para além da sua importância militar, importa ter em conta a sua dimensão político cultural, uma vez que foi fundamental para a vitória de São Mamede, em 1128, quando o alcaide deste castelo, Pêro Gonçalves de Marnel, tomou o partido de D. Afonso Henriques contra D. Teresa e o conde de Trava.
8. Castelo do Lindoso
Foto: Rui Videira
Foto: Rui Videira
Alguns autores afirmam que o topônimo Lindoso deriva do latim “Limitosum” (limitador, fronteira, extrema). Embora não existam informações sobre a primitiva ocupação humana de seu sítio, esse topónimo não se encontra mencionado nasInquirições de 1220, o que vem a ocorrer nas de 1258. Compreende-se, por essa razão, que tenha sido erguido de raiz no reinado de D. Afonso III, inscrita no esforço de reforço do sistema defensivo das fronteiras, empreendido por aquele soberano.
9. Castelo dos Mouros
Foto: Raul Branco
Foto: Raul Branco
O Castelo dos Mouros permite admirar, ao longo dos caminhos de ronda, por entre penedos e sobre penhascos, uma paisagem única que se estende até ao oceano Atlântico. Sobranceiro à Serra de Sintra, e de configuração irregular, consiste numa fortificação construída em torno do século X após a conquista muçulmana da Península Ibérica, sendo ampliada depois da reconquista cristã.
10. Castelo de Guimarães
Foto: João Sousa
Foto: João Sousa
No contexto da Reconquista cristã da península Ibérica, os domínios de Vimaranes foram outorgados, em fins do século IX, a umcavaleiro de suposta origem castelhana, de nome Diogo Fernandes, que nelas veio a se estabelecer. Uma de suas filhas, de nome Mumadona Dias, desposou o poderoso conde Hermenegildo Gonçalves, vindo a governar, desde meados do século X até ao terceiro quartel do século XI, os domínios de Portucale. Mumadona enviuvou por volta de 928, entrando na posse de vastos domínios, divididos em Julho de 950 com os seus seis filhos. Nesse momento, por inspiração piedosa, fundou, na parte baixa da povoação de Vimaranes um mosteiro, ao qual veio a fazer, mais tarde, uma vultosa doação de terras, gado, rendas, objetos de culto e livros religiosos (26 de Janeiro de 959).

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