A Assembleia Municipal (AM) de Braga aprovou por maioria – com os votos contra da CDU e abstenção do PS e BE – um voto de pesar pela morte do preso político cubano Orlando Zapata, que morreu terça-feira na sequência de uma greve de fome. A proposta do eleito do PPM Manuel Beninger – que pedia que a AM refutasse “qualquer tipo de regime ditatorial, déspota e opressor” – provocou viva reacção da CDU, com o deputado Raul Peixoto a lamentar que “a direita fique histérica com qualquer coisa que se passe naquela ilha”.
O eleito da CDU lembrou “a série de atentados aos direitos humanos” em diversos países ocidentais, que se julgam defensores da democracia internacional, como Israel e os EUA, apontando ainda as denúncias de “casos de tortura sobre prisioneiros em Portugal”, denunciadas pela Amnistia Internacional. O termo “prisioneiro” levou, contudo, o presidente da AM a intervir, notando que “em Portugal não há prisioneiros, mas sim presos à luz da lei”.