Todos os grupos municipais da oposição pediram ao presidente da Assembleia Municipal de Braga a marcação de uma reunião extraordinária deste órgão para discutir a situação da segurança e do socorro no concelho.
A iniciativa, que será discutida na próxima segunda-feira em reunião de líderes com o socialista António Braga, surge na sequência de incidente do incêndio no hotel de luxo, em construção junto à antiga Bracalândia, que “puseram a nu a existência de graves falhas no sistema de protecção civil”.
Na missiva que enviaram no passado dia 15, os grupos municipais do BE, CDS, CDU, PPM e PSD deram conta ao presidente da Mesa da AM da “existência de um consenso” em torno da necessidade de se proceder à convocação de uma Assembleia Municipal Extraordinária para a discussão deste tema.
Dada a premência do pedido, os partidos da oposição pediam “uma resposta tão célere quanto possível” de António Braga – que até ao momento ainda não deu qualquer resposta – por não quererem “despoletar o mecanismo regimental de convocação deste órgão, sem antes saberem da disponibilidade do presidente para promover a convocação”.
Assim, se na reunião de segunda-feira não for encontrado outra solução para o debate das questões da protecção civil nem António Braga tomar a iniciativa da convocação, para discutir questões relacionadas com a segurança e Protecção Civil, a oposição deverá avançar com um pedido de convocação protestativo, que terá de ser subscrito por um terço dos membros eleitos da Assembleia.
Os partidos da oposição realçam que “os graves acontecimentos ocorridos” e o facto “do presidente ter faltado à verdade” sobre os meios de socorro disponíveis assumem “uma gravidade que não podia passar incólume, pelo que chegou a hora de promover um debate sério em torno da segurança da população”.