O candidato do Partido Popular Monárquico pelo círculo eleitoral de Braga, Manuel Beninger, garante que, no caso de ser eleito, «apresentará uma proposta de realização de um novo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez».
«Na nossa opinião o resultado eleitoral não tornou o referendo juridicamente vinculativo, tendo sido o “não”, a manifestação da maioria dos portugueses, através do seu direito ao absentismo», ou seja, «mais de quatro milhões de portugueses não afirmaram a sua vontade efectiva de mudar a lei vigente, tendo sido aprovada a nova lei com apenas 25 por cento dos eleitores».
O PPM recorda que foi «dos poucos partidos políticos que assumidamente se afirmou contra o aborto, não tomando parte na campanha eleitoral, por se tratar, em nosso entender, de uma questão ética e de consciência pessoal e não de uma questão de política partidária».
Manuel Beninger considera que «a actual lei escraviza as mulheres, que geralmente são obrigadas a abortar, muitas vezes não por vontade própria, mas da família, do companheiro ou mesmo do patrão ou da empresa», entendendo que, de uma maneira geral, «as mulheres prefeririam ter apoios do Estado para poderem ter o filho, mas o Estado actua em sentido inverso, pagando um subsídio a quem aborta».
«Muitos falam da “vitimização” da mulher, por assumir o seu acto natural de ser mãe, mas poucos falam do homicídio à nova vida humana, sobretudo quando está ameaçada antes de nascer», realça o PPM, referindo que «em Portugal são mortas legalmente por aborto 53 bebés todos os dias».
Jornal “Diário do Minho” de 31 de Maio, pág. 10