O presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), que se candidata nestas eleições legislativas de 5 de Junho pelo círculo eleitoral dos Açores, esteve ontem em campanha no distrito de Braga.
Acompanhado pelo cabeça de lista no distrito, Manuel Beninger, Paulo Estêvão começou a visita na sede da Associação Famílias, seguindo depois para o Centro da Terceira Idade de Fraião. Depois do almoço, a comitiva do PPM realizou uma arruada pelo concelho de Vieira do Minho.
Em declarações aos jornalistas, Paulo Estêvão mostrou-se preocupado com o envelhecimento da população portuguesa. «Isto significa que temos uma população activa cada vez menor, que temos cada vez maiores responsabilidades a nível das reformas», disse.
Contudo, salientou ainda, a preocupação deve centrar-se no futuro, nomeadamente na protecção das famílias. Desde logo, sublinhou, a nível fiscal. «Temos que dar benefícios às famílias mais numerosas, e temos que dar benefícios a quem mantém famílias alargadas, com os seus pais e avós em casa», salientou.
Segundo referiu, o PPM tem políticas que vão exactamente neste sentido, ou seja, de promover e proteger as famílias. «Porque é aqui que começa a recuperação do país, com um forte apoio, do ponto de vista financeiro e legal, às nossas famílias», defendeu.
O líder do PPM defendeu, por outro lado, a necessidade de se efectuar em Portugal uma redução da despesa pública. «Nós temos quase 14 mil entidades públicas que são pagas através do Orçamento de Estado e muitas outras que são subsidiadas. O Estado nem sabe bem quantas é que são. Portanto, temos assistido a um aumento exponencial da despesa», realçou junto dos jornalistas.
Paulo Estêvão reconhece, no entanto, há serviços que o Estado tem que assegurar porque são prioritários para o país. «Mas, nós temos que poupar em muitas áreas. Se continuar este desperdício, a verdade é que, por um lado, não temos dinheiro para pagar e, por outro lado, não vamos concentrar os recursos financeiros naquelas que são as áreas sociais fundamentais, como a educação ou a saúde. É preciso poupar em tudo o que é excessivo», sustentou.
Para o líder do Partido Popular Monárquico, é essencial que se corrijam excessos cometidos pelos partidos que sustentaram os vários Governos portugueses, que têm que ver com «a colocação de clientelas políticas». Por isso, disse, foram criados muitos destes institutos e muitas das fundações.
No seu entender, há muitas matérias que são levadas a cabo por estas entidades que podiam ser simplesmente concretizadas pelos ministérios que as tutelam.
Em relação às eleições legislativas do próximo domingo, dia 5 de Junho, Paulo Estêvão confessou aos jornalistas que está confiante num bom resultado.
Jornal “Diário do Minho” de 1 de Junho, pág. 10
Rádio “Antena Minho” : PPM acredita que vai eleger um deputado à Assembleia da república por Braga