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Manuel Beninger

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Peregrinação ao túmulo do Beato Carlos d’ Áustria será em Abril de 2012, para assinalar os 90 anos da sua morte

Familiares e descendentes do Imperador/Beato Carlos d’ Áustria, falecido no Funchal em 1922, virão em peregrinação à Madeira para celebrar o 90.º aniversário da sua morte, confirma D. Duarte Nuno, Duque de Bragança, em declarações ao JM.


O Imperador Carlos d´Áustria viveu apenas cinco meses entre nós, mas granjeou a simpatia e o respeito de todos os madeirenses que, ainda hoje, se orgulham da sua presença para além da morte, a partir igreja do Monte, onde está sepultado, e cujo túmulo é muito visitado por peregrinos de todo o mundo, principalmente desde a sua beatificação em 2004, em Roma.

Para assinalar o 90.º aniversário do seu falecimento, a 1 de Abril de 2012, está prevista uma peregrinação à Madeira com cerca de uma centena de pessoas, entre descendentes e familiares. «Espero que isto seja uma maneira de lembrar a figura do Imperador, da sua vida e valores que defendeu», disse ao Jornal da Madeira o Duque de Bragança, D. Duarte Nuno, que ontem apresentou cumprimentos ao Bispo do Funchal.

Carlos d’ Áustria, referiu, «foi um dos últimos governantes cristãos da Europa; inclusive, sofreu o exílio e a perseguição porque seguiu o pedido do Papa para acabar rapidamente com a Grande Guerra (1914-18), contrariando assim os planos de guerra de vários países».

Entretanto, o túmulo do Beato Carlos d’ Áustria deverá continuar na nossa Diocese, conforme decisão da família. «O arquiduque Otto (recentemente falecido) achava que devia ficar na Madeira, até pelo apoio e acolhimento dispensados pelos madeirenses»; além de que, «segundo a tradição da Igreja Católica, um santo é da terra onde morreu e onde nasceu para o céu», explicou D. Duarte Nuno.

Ainda em relação à peregrinação em 2012, a família do Imperador manifestou o desejo de ter a presença do Bispo do Funchal, mas tudo dependerá da agenda pastoral, pois, essa data coincide com as celebrações do Domingo de Ramos. D. António Carrilho destaca desde já a importância de «fazer memória viva de alguém que se distinguiu em termos de santidade e que, pela beatificação, é para todos nós referência, modelo e estímulo».


Fonte: Jornal da Madeira