Espanha poderá ver revista a lei de interrupção voluntária da gravidez se, como antecipam as sondagens, o PP vencer as eleições de domingo ainda que, até ao momento, se desconheçam os contornos das alterações.
O próprio programa eleitoral do Partido Popular (PP), liderado por Mariano Rajoy, prevê mudanças na actual legislação para assim, explica, "reforçar" a protecção do direito à vida, especialmente no que toca às menores.
Não se avançam detalhes mas o vice-secretário de Comunicação do PP, Esteban González Pons, recorda que o partido sempre se opôs a alguns elementos da lei em vigor e discorda, em particular com o facto de que menores abortem sem o conhecimento dos pais.
A par dessa mudança, explicou recentemente, o PP quer "procurar uma fórmula que preserve o direito à vida", ecoando declarações de uma outra dirigente do partido e ex-ministra da Saúde, Ana Pastor, que confirmou a vontade de alterar a lei em vigor há pouco mais de um ano.
Para Pastor, que coordena a participação social do PP, a lei é "injusta e desnecessária".
Os comentários de Ana Pastor suscitaram criticas imediatas do PSOE que acusa os conservadores de "voltar ao passado" e de "procurar limitar os direitos das mulheres".
A causa da polémica é a reforma da lei do aborto de 2010, que liberaliza até às 14 semanas e reduz para os 16 anos a maioria de idade para decidir sobre uma interrupção voluntária da gravidez.
Fonte: SIC Notícias