Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CUI BONO? por Miguel de Esteves Cardoso

Em 1987, quando me candidatei, com o PPM, ao Parlamento Europeu, perdemos. Por pouco. Resta-nos a ácida praga de termos previsto, tal como a maioria da população portuguesa, que iríamos perder a nossa independência nacional, política e económica. E que isto – não surpreendentemente – não seria bom.

Dobrámos a nossa dependência de sempre, em troca de um federalismo de meia-tigela, em que os países ricos e poderosos da União Europeia passaram a mandar nos mais pobres e fracos, emprestando-lhes dinheiro a juros bons, sem ter qualquer responsabilidade por eles.

Percebe-o o turista português que vai a Paris, Londres ou Roma. Ganha metade, nos mesmos euros, do que ganham os colegas franceses, britânicos ou italianos. Mas lá, para mais, é tudo duas ou três vezes mais caro. Portugal, que é caro para nós, é mais barato para eles, não por termos a mesma moeda, mas porque eles ganham mais do que nós e cobram-nos mais do que nós cobramos.

O euro é bom para quem exporta. Portugal exporta pouco. A Alemanha exporta muito. Os BMW e Mercedes são mais baratos para nós do que eram antes. Mas continuamos a ter de trabalhar muito mais para pagá-los.

Os países ricos da UE querem emprestar-nos dinheiro para podermos pagar-lhes o que lhes devemos. Recuperando o dracma, o punt, o escudo, a peseta e a lira, nada nos impede de considerá-los, oficialmente (como faziam os antigos países de Leste), equivalentes a um euro.

Vira-se o feitiço contra o feiticeiro.

Fonte: Público

Caro MEC

Permita-me trata-lo assim.

Está na altura de aceitar mais um desafio na sua vida e regressar à vida política activa portuguesa. São nestes momentos difíceis em que o país atravessa, como o foi nesses tempos de 87, que se vê quem é quem. O PPM está, como esteve no passado, de portas “escaqueiradas” para o receber.

Cá o espero. Seja bem vindo.

Manuel Beninger