quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição

"Em 1646, Portugal ajoelhou por inteiro aos pés da sua Rainha, a Imaculada Conceição. Esse gesto de então foi feito em perfeita comunhão nacional, a uma só voz, como se de uma só pessoa se tratasse. Não se repetindo, é certo, a História, pode, todavia, cada um de nós, em seu íntimo e como decisão vital, tornar-se fiel filho/servo da mesma Mãe/Rainha Imaculada, tal como há 371 anos o fez D. João IV. Ao fazê-lo, cada um ampliará num eco e na infinitude do seu coração o infinito amor a Nossa Senhora da Conceição, amor que os nossos antepassados semearam em nós. Portugal, na sua Gloriosa História, sempre defendeu a Conceição Imaculada de Nossa Senhora. Floresceu esta particular devoção no séc. XIII, e já no séc. XIV, em 1320, foi introduzida a festa da Imaculada Conceição por D. Raimundo, Bispo de Coimbra. Com a morte do Cardeal-Rei D. Henrique, em 1580 sobe ao trono durante um mês D. António, o Prior do Crato, que foi derrotado na Batalha de Alcântara, pelo exército enviado por Filipe II de Espanha, ficando Portugal sob o domínio espanhol durante quase 60 anos. Em 1639, começa-se a “preparar terreno” para a ascensão da Casa de Bragança ao trono, assim, após a revolução de 1 de dezembro de 1640, D. João, Duque de Bragança, desloca-se para Lisboa onde foi aclamado Rei e logo depois manda celebrar na Capela Real, a 8 de dezembro, imponente solenidade em honra de Maria Santíssima.

O Rei “Restaurador” sentia o desejo de engrandecer a Mãe de Deus por tantas graças concedidas a Portugal por Sua intercessão e, assim, no dia25 de março de 1646,estanto as cortes reunidas com o seu soberano, foi lida pelo secretário de Estado (depois de joelhos pelo Monarca) a Provisão Régia onde El-Rei consagrava Rainha de Portugal Nossa Senhora, desta forma os Monarcas Portugueses acharam por bem abdicarem da coroa nas suas cabeças, passando a serem representados ao lado da mesma. Mais tarde, no reinado de D. Pedro II, o Papa Clemente X respondeu ao pedido de D. João IV que a Imaculada Conceição fosse a “Senhora das terras Lusitanas”. O Papa enviou um breve Apostólico: “Exima dilectíssima”, dado a8 de maio de 1671, confirmando a eleição de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira principal de Portugal."

Fonte: O Cantinho da BECRE "Lucinda Pires"