sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Portugal, 868 – República, 101 anos

Apesar de já termos mais do que o centésimo ano, continua a propaganda Republicana, normalmente sem “contraditório”. Pelo que me sinto lisonjeado por ter sido convidado umas três ou quatro vezes para, lado a lado, trocarmos os argumentos MONARQUIA ou REPÚBLICA. Tudo correu bem.

Embora, nas numerosas acções e na comunicação social temos de ouvir só de um lado. Principalmente quando a plateia é maioritariamente constituída por aluna(o)s até ao secundário. O que se torna particularmente grave quando se trata de intervenção de laicistas (não ler laicos). E tudo ainda à custa dos 10 milhões (e os seguintes) do Governo anterior.

E a crise?… Depois, venham-me falar dos falaciosos argumentos dos “adiantamentos” à Casa Real Portuguesa, obliterando que as subvenções, ainda com El-Rei D. Carlos, não eram actualizadas desde El-Rei D. Pedro V e que, na crise da altura, aquele Rei ainda prescindiu, voluntariamente, de 40% dessas subvenções, sem esquecer que grande parte das despesas diplomáticas e científicas eram suportadas pela Casa de Bragança que nada tinha a ver com o Estado.

Mas hoje tem. Para onde vão os rendimentos da Fundação que Oliveira Salazar subtraiu aos seus legítimos possuidores? Para ajudar a crise em que estamos (não da Monarquia) ou para alguma “Face Oculta”?… E deixemos outros sofismas: todas as Casas Reais da Europa gastam menos do que todas as Republicas (Portugal mais 2/3 do que Espanha), sem contar com todas as benesses a vários antigos Presidentes da República e suas Fundações, com honrosa excepção, repito-me, do Presidente António Ramalho Eanes.

E não me venham com as “fabulosas” despesas da Casa Real Inglesa; repito-me quem paga são os bens da Casa de Hannover, entregues pelo 2º, George II, ao Parlamento, com a condição de se pagarem as subvenções reais.

E ainda cresce muito, muito, material sonante. Mas tenham cuidado os laicistas (não ler laicos); as suas baixas ferroadas contra a Igreja Católica ainda os tornam mais minoritários.

Nem os beijinhos montados os safam. Não andará por aí inveja? Nota – Continuem com o 5/10/1910, que não é uma data Nacional. Seria, isso, o Feriado da FUNDAÇÃO, que só Portugal não comemora.


Miguel Pignatelli Queiroz

Presidente do Senado do PPM, antigo presidente do Directório e da CPN do Partido Popular Monárquico, deputado municipal na Assembleia Municipal de Coimbra e deputado eleito ao Parlamento português entre 2005 a 2009.

Fonte: Beiras