A Madre Teresa de Portugal é viva e é Princesa de sangue e espírito
O chefe de Estado assinou o despacho que confere a Ordem de Mérito a Maria Adelaide Manuela Amélia Micaela Rafaela de Bragança, neta do nosso Rei Dom Miguel I e Infanta de Portugal. Resistente ao nazismo, que a condenou à morte por haver acolhido em sua casa muitas pessoas perseguidas pela Gestapo, foi salva in extremis graças à intervenção do Professor Salazar. Depois, dedicou décadas à promoção da ciência e da investigação médica, antes de se consagrar, até limites inumanos de entrega, aos pobres e excluídos. Foi uma mãe para milhares de crianças: recolheu-as das ruas, vestiu-as, alimentou-as, educou-as; em suma, foi assistente social, foi enfermeira, foi cozinheira, foi lavadeira e o apoio moral e espiritual para quantos, condenados pela insensibilidade à rua e à vagabundagem, se tornaram homens e mulheres decentes. São estas as pessoas, de actos e não só de palavras, que salvam a humanidade. São estas pessoas que merecem subir aos altares dos que crêem e aos pedestais daqueles que não crêem. A Infanta Dona Adelaide, cujo aniversário centenário se celebra no próximo dia 31 é merecedora da nossa humilde e insignificante gratidão. Será, talvez, a mais importante portuguesa viva. Ao pé dela, milhões de misseiros e água-benteiros não passam de caricaturas. A Infanta é, exactamente, a Imitação de Cristo.
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