A princesa da Tailândia Maha Chakri Sirindhorn, herdeira do trono, inaugura hoje em Lisboa a “Sala Thai”, um pavilhão tailandês implantado em Belém no âmbito das comemorações dos 500 anos de relações diplomáticas entre o seu país e Portugal.
O pavilhão tailandês foi construído em Banguecoque e transportado de barco até ao Jardim Vasco da Gama em Belém, numa viagem de poucos dias, talvez seguindo o mesmo percurso que os marinheiros portugueses fizeram há cinco séculos, quando pela primeira vez chegaram àquele país asiático.
Foi em 1511 que o navegador português Duarte Fernandes chegou a Ayuthaya, capital do Reino do Sião. Recebido na corte do rei Ramatibhodi II, deu início a uma aliança entre os dois países que se mantém até hoje.
Dourado e com quatro aberturas remete para a cidade dos anjos, Banguecoque, e para o Mosteiro dos Jerónimos, obra que inspirou o arquiteto Athit Limmu e que acabou por representar o “símbolo da amizade” entre os dois países.
O telhado foi coberto com placas que se assemelham à pele de um dragão ou às escamas de um peixe, enquanto os pináculos são ‘anjos’ estilizados. Na parte de baixo existe um quase varandim inspirado nas ogivas dos Jerónimos em tons verdes. Porém, é o dourado a cor dominante, conseguida com mil finas folhas de ouro.
A Câmara de Lisboa deu apoio logístico à estrutura, que demorou seis meses a ser construída na Tailândia, depois dos três meses que Athit Limmun dedicou a conceber o projeto. O pavilhão está montado no jardim de Belém desde o fim do ano passado.
Hoje é inaugurado pela princesa tailandesa Maha Chakri Sirindhorn. A cerimónia conta com a presença do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e com a Primeira-Dama portuguesa, Maria Cavaco Silva.
Na quarta-feira, a representante real, filha do rei Bhumibol Adulyadej, de 84 anos, o monarca vivo há mais tempo no poder (65 anos de reinado), é recebida no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Cavaco Silva, segundo informação prestada pela Embaixada Tailandesa.
Durante a passagem por Lisboa, Maha Chakri Sirindhorn visita ainda o Museu do Oriente, o Museu do Azulejo e o Centro de Investigação da Fundação Champalimaud.
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