Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

domingo, 1 de abril de 2012

O OCO

O camarada Seguro, seguro da sua alta inteligência, produz brilhantes ideias.
Algumas, dos últimos dias:
Só agora o governo mandou o contrato do TGV para o Tribunal de Contas! disse ele com seu ar de crítica inocência. Quer dizer, na sua alta imaginação oposicionista, o governo manda o contrato “agora” e o TC pronuncia-se no dia seguinte! O pobre homem nem sequer sabe que o TC se pronuncia sobre o que lhe apetece ou lhe compete, independentemente do governo.
Como alta questão que preocupa todos os portugueses, muito mais que a falta de dinheiro, o desemprego ou a saída da crise, a criatura elege, como tema de alta importância, saber se os limites do défice devem ficar na Constituição ou ser objecto de lei, não se sabe se orgânica se ordinária. Como o governo acha que a coisa (um disparate) deve ficar na Constituição, o homem acha que não. Ficamos com a certeza do contrário, isto é, se o governo quisesse pôr a coisa na lei, ele querê-la-ia na Constituição. Tem que mostrar que existe, que diabo!
Mais uma demonstração da inteligentíssima opinião do inseguro paspalhão: dando expressão, julga-se, à opinião  socialista, opõe-se ferozmente aos exames da 4ª classe, hoje dita 4º ano: nada de exames, que o socialismo é pela liberdade de aprender, a qual implica, como é óbvio, o directo a ninguém saber se se aprendeu ou não.
Oco, vazio, vão, para além de cretino, este rapaz.
Sejamos sérios, porém. Antes este que os corifeus do socraldrabismo.

António Borges de Carvalho
(António Borges de Carvalho foi eleito deputado em 1979 e 1980 pelo PPM, a cujo Grupo Parlamentar presidiu, tendo presidido a Comissão de Revisão Constitucional (primeira revisão) e à Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia da Republica. Foi também vice-presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, tendo colaborado na redacção da Lei de Defesa Nacional).

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