Anda muita gente aflita porque o alcaide de Olivença (uma besta, como é evidente) se prepara para comemorar o episódio do roubo dessa parcela do nosso território perpetrado há 200 anos.
Todos sabem que, apesar de a tal se ter comprometido internacionalmente, os espanhóis jamais restituirão o que roubaram. Todos sabem que a palavra dos espanhóis, a este respeito, como a outros, não vale um traque.
Todos sabem que em Olivença já não há portugueses, são todos espanhóis, e acabou-se.
Todos sabem que este problema fronteiriço tem barbas e continua como às eras: os portugueses não reconhecem a soberania castelhana, os castelhanos borrifam nos portugueses.
Todos sabem que o alcaide de Olivença (uma besta, como é evidente) resolveu fazer uma provocação gratuita, ou cara, se por cá houver ainda uns restos de orgulho.
Como reagir? Vale a pena reagir?
O IRRITADO permite-se fazer uma sugestão, talvez pouco patriótica mas cheia de bom senso e de sentido prático. Venda-se Olivença!
Não se riam. Os Estados Unidos não compraram o Alasca? Os mexicanos não venderam a Califórnia? Não há outros casos do mesmo tipo? Que mal há nisso? Há erros e malandrices históricas que não têm remédio.
Vejam bem. Nós temos ali um bem sem usufruto possível, agora ou daqui a cem anos. Os tipos de Olivença não querem ser portugueses, já estão aclimatados à castelhana bezerrada. Pois deixemo-los estar, recebamos uns milhões, a pronto ou a prestações, que bem precisamos deles. Resolvamos um problema fronteiriço que não interessa a ninguém, a não ser a quem quiser escarafunchar nesta vergonha. Ficaremos honestos como sempre e ajudaremos os espanhóis a disfarçar a sua desonestidade. Ainda por cima ganharemos uns cobres. Querem melhor?
À atenção do ministro Portas.
António Borges de Carvalho
(Borges de Carvalho foi o chefe do Grupo Parlamentar do PPM na AR)
Pois nao estaria de todo mal pensado, ja que nao conseguimos que no-lo devolvam, que nos comprem o territorio de Olivenca!!!
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