segunda-feira, 18 de junho de 2012

Distrital do PSD faz balanço negativo de um ano de governação laranja

O presidente da distrital de Bragança do PSD, José Silvano, classificou hoje como “um ano em que muita coisa correu mal” para aquele distrito o primeiro aniversário de governo PSD/CDS-PP.
O dirigente social-democrata falava na quarta-feira à noite, em Mirandela, numa das sessões do PSD para assinalar a vitória legislativa a 5 de Junho de 2011.
José Silvano aproveitou a data para fazer um balanço dos últimos anos deste distrito transmontano e afirmou que “o presente não é diferente porque continuam a agravar-se as dificuldades e a não ver-se igualdade de oportunidades”.
O presidente da distrital elencou as reformas feitas pelo Governo que afetaram a região, desde a extinção de tribunais, reorganização na saúde com perda de valências, a reforma administrativa, com extinção de serviços públicos e a redução de freguesias.
Até “a única discriminação positiva” que era a redução da taxa de IRC em 15 por cento para as empresas instaladas no interior, acabou com o Orçamento de Estado para 2012, lembrou.
“Podia apontar todas as medidas e mais uma para perceber que o presente não vai levar a indicadores diferentes dos últimos 50 anos”, afirmou, a uma plateia de militantes sociais-democratas.
José Silvano citou as estatísticas para dizer que, em meio século, o distrito de Bragança perdeu mais de 40 por cento da população, que 26 por cento da população atual tem mais de 65 aos e que o rendimento per capita nesta região é de 65 por cento da média nacional.
“Todos os estudos negativos foram aplicados em Trás-os-Montes, especialmente no distrito de Bragança”
“Todos evocaram nos programas eleitorais as assimetrias regionais, a discriminação positiva, a igualdade de oportunidades, a coesão territorial e nacional, mas não existiram, porque se tivessem existido não tínhamos este indicadores”, declarou.
O antigo presidente da Câmara de Mirandela afirmou que “todos os estudos negativos foram aplicados em Trás-os-Montes, especialmente no distrito de Bragança”, defendendo que “a medida da política que se faz em Lisboa não pode ser aplicada a todo o país”.
“Aqui as distâncias não são em quilómetros, são em horas”, enfatizou.
O presidente da distrital do PSD disse esperar que as opiniões do partido (emitidas) nestas reuniões que estão a decorrer por todo o país, possam influenciar o Governo.
“Temos esperança de que o partido possa de alguma forma influenciar as políticas e que o Governo recue neste atos prejudiciais para o distrito de Bragança”, frisou.

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