Nos tempos da monarquia, por decreto-real de D. Pedro II, foi colocado
em circulação uma moeda que tinha o valor de 60 reis, cunhada em prata, com o
peso de 1,83 gramas e era a sucessora do Vintém que tinha o valor de 20 reis, também
em prata e foi posto em circulação por alvará régio de D. João IV.
Como se disse os “Três Vinténs” eram de prata e assim continuou
nos reinados de D. João V, D. José, D. Maria I, assim como nos
tempos de D. João, Príncipe Regente, D. João VI, D. Pedro IV e D. Miguel.
Em D. Maria II e seus filhos D. Pedro V e D. Luís, não se encontram, até que,
no tempo de D. Carlos e D. Manuel desapareceram definitivamente.
Os que os ajuntadores não sabem, é porque a maioria desta
simpática moedazinha, apresenta um furo na extremidade superior do eixo
vertical, junto ao bordo. A pequenina moeda, tornou-se tão popular que, as mães
parturientes usavam pô-la ao pescoço das filhas, logo que nascidas,
suspensas dum fio, como amuleto. Daí a razão do furo.
Quando matrimoniavam, retiravam-na. O rapazes atiradiços, ao
abeiraram-se delas, começavam por procurar-lhes no colo, a simpática moeda e,
quando não a encontravam proferiam desgostosos “já não tem os três
vintém”, ou então “já lhes tiraram os três vinténs”. E, aqui tendes,
porque esta moedazinha ao tomar o sentido pejorativo que conheceis, se tornou
tão popular.
(Extraído de um texto do numismata
Filipe Nortadas Pereira)
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