As atracções da Comemoração dos quatro séculos de Ronda da Lapinha são
várias. Desde logo porque a divulgação ganhará nova ênfase no concelho de
Guimarães e ultrapassou as fronteiras portuguesas. A Ronda tem 400 anos “mas é
essencialmente um evento que arrasta as pessoas da parte sul e poente da serra
de Santa Catarina”, admite Florentino Cardoso, juiz da Irmandade da Lapinha.
Esta entidade, juntamente com o Arciprestado de Guimarães e Vizela, é a
responsável pela organização. Como tal “arregaçou as mangas” para que o Clamor
transcendesse o nível paroquial, através do convite feito, e já aceite, a 400
jovens da região de Pontevedra, situada na Galiza, em Espanha.
Estes vão participar na cerimónia da Consagração e pretendem simbolizar
que a Ronda “tem potencialidades para ser um evento de interesse turístico” e
que Guimarães adquire recursos para ser “um destino de turismo religioso”,
acrescenta.
Este ano estará presente um conjunto de imagens alargado. Podem ser
veneradas as imagens da Senhora da Oliveira (Igreja da Oliveira), da Penha
(Igreja de São Gualter), da Abadia (igreja de São Francisco), do Alívio (Igreja
de São Domingos) da Madre Deus (Igreja da Misericórdia) e dos Milagres (Igreja
de São Sebastião).
Às 15h30 saem dos respectivos locais de culto para se dirigirem em
várias procissões para a tribuna que vai estar situada em frente à igreja de
São Pedro, no Largo do Toural. A principal procissão é a da Senhora da Oliveira
e Senhora da Lapinha, que “pela primeira vez vão sair juntas da igreja da
Oliveira até ao Toural, descendo a Rua da Rainha”, explicou Florentino Cardoso.
Dá-se, então, a cerimónia da Consagração presidida pelo Arcebispo-Primaz
de Braga, D. Jorge Ortiga. Esta celebração será uma mistura entre religiosidade
e cultura, contando com a presença dos 55 músicos da Fundação Orquestra
Estúdio, da Capital Europeia da Cultura, a que se juntam cerca de 300 cantores
dos vários Coros do Arciprestado, liderados pelo Coro da Senhora-à-vila,
dirigido por Júlio Esteves Dias. A banda Nova Lira, proveniente da Galiza,
também vai actuar na Consagração.
A consagração das famílias é também um dos objectivos da organização.
“Como não era possível trazer
todas as famílias de Portugal a Guimarães, escolhemos uma família simbólica, de
descendência de Dom Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, e de Dom
Afonso, primeiro Duque de Bragança”, explicitou o Arcipreste de Guimarães e
Vizela, Padre Armando Freitas.
Assim sendo, estarão presentes Dom
Duarte Pio e Dona Isabel de Bragança, que deixaram o responsável do clero
vimaranense “muito grato” com a aceitação do convite.
Notícias de
Guimarães, 14 de Junho de 2012
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