quarta-feira, 18 de julho de 2012

Discurso de Tiago Miranda na Sessão Solene da Celebração do 10º aniversário da Ajuda da Bretanha

A bandeira de Portugal hasteado na Ajuda da Bretanha
Senhor Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos,
Senhora Vereadora do Ambiente e Recursos Humanos,
Senhor Deputado Regional,
Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda da Bretanha,
Senhora Tesoureira da Junta de Freguesia da Ajuda da Bretanha,
Senhora Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,

A mando de Poseidon, rubis emanados do ventre de sua mãe, penumbrosos durante jubileus sétimos, esmeraldas se seguiam, suas vestes de lis rejubilam, solenemente, coroando, Sua Majestade, de nove Versalhes. Coração vivo de oceano traidor, que emerge a terra de filósofos procurada, até que prostrado Salomão abdica a errados açores.
Bretões fugidos ou Bretanha fingida? Quem sabe?
Miguel caído, Bretanha pálida.
Depois da Guerra dos Sessenta, do século passado, advém a reforma em Júlio César após um ano de novo século.
Senhor Secretário,
Senhora Vereadora,
Senhor Deputado,
Senhores membros do executivo,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,
Em brevíssima síntese supracitada rebuscada com um toque de lírica, faço o meu entender sobre a povoação da poeira do Atlântico Central e da história da Bretanha.
Da geração recente dos anos noventa, revejo nos meus pensamentos na minha terra, a minha Ajuda, a nossa pequena grande Ajuda da Bretanha como espaço que me acolhe como cidadão e me satisfaz como pessoa.
Dez anos da sua existência traz-nos aqui reunidos para celebrar a nossa terra e homenagear os nossos falecidos que fizeram de nós o que somos hoje.
À precisamente dez anos atrás ao dia de hoje, tinha a idade de oito anos, sendo que, como criança, não prestei votos de atenção à fundação da nova casa que se estava a abrir. Apesar de nada se ter alterado, excepto o mapa autárquico da zona, este pedaço de terra de inhames continuou a ser o meu tecto de formação literária.
Elaborando uma abordagem superficial dos primeiros dez anos da sua elevação a freguesia, lembro os dois monumentos mais prestigiantes da Ajuda da Bretanha: a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e do Moinho do Pico Vermelho. No que encosta à Igreja, nos últimos dez anos, o edifício sofreu algumas obras de requalificação significantes, tendo na zona do exterior periférico ocorrido o mesmo. Caminhando até ao Pico Vermelho, notoriamente observamos a ostentação da acção humana sobre uma construção antiga que se ergue das cinzas, à muito pedida pelos habitantes.
Como, continuamente, a freguesia é algo de esquecimento, só na história recente dos últimos anos a obra tem tido mais ênfase na expressão da adaptação da freguesia a Era Moderna. Como exemplo máximo da arquitectura moderna, em termos de espaço público e cívico, consta o Edifício da Sede da Junta de Freguesia, construído em 2009, onde pelo mesmo já governaram dois executivos, o antigo executivo social-democrata e o actual socialista. Este edifício hospeda a Cantina da Casa do Povo, um mercado onde as suas três funcionárias dão, diariamente, o seu saber empírico e a sua simpatia aos seus clientes. O concorrente mercado, da mesma tipologia, caracteriza-se pelo similar anterior, com as respectivas diferenças.
Recentemente, o número de residente da freguesia aumentou, esporadicamente, com a construção de um bairro social e a, repectiva, fixação de famílias. Estranho também a existência, no ano lectivo de 2011/2012, de duas turmas de pré-escolar, nos edifícios escolares da freguesia, visto que as estatísticas inclinam para tendências inversas.
Nos acontecimentos mais recentes, apuro os estragos deixados pelas cheias de Maio que abalaram severamente as duas freguesias da antiga Bretanha, e que ainda hoje se manifestam as cicatrizes.
Senhor Secretário,
Senhora Vereadora,
Senhor Deputado,
Senhores membros do executivo,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,
Contudo, a nossa autonomia de poder local encontra-se ameada por soberania superior à nossa autoridade regional. Vejo a Ajuda da Bretanha com espírito autonómico e revela-se festiva à primeira década da sua existência. Temos que saber defender aquilo que é nosso e a saber determinar a nossa gestão e administração, não permitindo a pretexto de reformas centralistas que a aconteça o pior que nos possa acontecer.
Que nunca nos falte a alegria de ser da Ajuda da Bretanha, que nunca nos falte a ambição de um presente e de futuro melhores e que nunca nos falte a vontade de carregar a Ajuda na coração.
Disse.

Ajuda da Bretanha, 10 de Julho de 2012
Tiago Reis Miranda
Presidente da Juventude Monárquica dos Açores

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