A bandeira de Portugal hasteado na Ajuda da Bretanha
Senhor Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e
Equipamentos,
Senhora Vereadora do Ambiente e Recursos Humanos,
Senhor Deputado Regional,
Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda da
Bretanha,
Senhora Tesoureira da Junta de Freguesia da Ajuda da
Bretanha,
Senhora Presidente da Assembleia da Junta de Freguesia,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,
A mando de Poseidon, rubis emanados do
ventre de sua mãe, penumbrosos durante jubileus sétimos, esmeraldas se seguiam,
suas vestes de lis rejubilam, solenemente, coroando, Sua Majestade, de nove
Versalhes. Coração vivo de oceano traidor, que emerge a terra de filósofos
procurada, até que prostrado Salomão abdica a errados açores.
Bretões fugidos ou Bretanha fingida? Quem sabe?
Miguel caído, Bretanha pálida.
Depois da Guerra dos Sessenta, do século passado, advém a reforma em Júlio César após um
ano de novo século.
Senhor Secretário,
Senhora Vereadora,
Senhor Deputado,
Senhores membros do executivo,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,
Em brevíssima síntese supracitada rebuscada com um toque de lírica, faço
o meu entender sobre a povoação da poeira do Atlântico Central e da história da
Bretanha.
Da geração recente dos anos noventa, revejo nos meus pensamentos na
minha terra, a minha Ajuda, a nossa pequena grande Ajuda da Bretanha como
espaço que me acolhe como cidadão e me satisfaz como pessoa.
Dez anos da sua existência traz-nos aqui reunidos para celebrar a nossa
terra e homenagear os nossos falecidos que fizeram de nós o que somos hoje.
À precisamente dez anos atrás ao dia de hoje, tinha a idade de oito
anos, sendo que, como criança, não prestei votos de atenção à fundação da nova
casa que se estava a abrir. Apesar de nada se ter alterado, excepto o mapa
autárquico da zona, este pedaço de terra de inhames continuou a ser o meu tecto
de formação literária.
Elaborando uma abordagem superficial dos primeiros dez anos da sua
elevação a freguesia, lembro os dois monumentos mais prestigiantes da Ajuda da
Bretanha: a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e do Moinho do Pico Vermelho. No
que encosta à Igreja, nos últimos dez anos, o edifício sofreu algumas obras de
requalificação significantes, tendo na zona do exterior periférico ocorrido o
mesmo. Caminhando até ao Pico Vermelho, notoriamente observamos a ostentação da
acção humana sobre uma construção antiga que se ergue das cinzas, à muito
pedida pelos habitantes.
Como, continuamente, a freguesia é algo de esquecimento, só na história
recente dos últimos anos a obra tem tido mais ênfase na expressão da adaptação
da freguesia a Era Moderna. Como exemplo máximo da arquitectura moderna, em
termos de espaço público e cívico, consta o Edifício da Sede da Junta de
Freguesia, construído em 2009, onde pelo mesmo já governaram dois executivos, o
antigo executivo social-democrata e o actual socialista. Este edifício hospeda
a Cantina da Casa do Povo, um mercado onde as suas três funcionárias dão,
diariamente, o seu saber empírico e a sua simpatia aos seus clientes. O
concorrente mercado, da mesma tipologia, caracteriza-se pelo similar anterior,
com as respectivas diferenças.
Recentemente, o número de residente da freguesia aumentou,
esporadicamente, com a construção de um bairro social e a, repectiva, fixação
de famílias. Estranho também a existência, no ano lectivo de 2011/2012, de duas
turmas de pré-escolar, nos edifícios escolares da freguesia, visto que as
estatísticas inclinam para tendências inversas.
Nos acontecimentos mais recentes, apuro os estragos deixados pelas
cheias de Maio que abalaram severamente as duas freguesias da antiga Bretanha, e
que ainda hoje se manifestam as cicatrizes.
Senhor Secretário,
Senhora Vereadora,
Senhor Deputado,
Senhores membros do executivo,
Senhora escritora,
Caros concidadãos,
Contudo, a nossa autonomia de poder local encontra-se ameada por soberania
superior à nossa autoridade regional. Vejo a Ajuda da Bretanha com espírito
autonómico e revela-se festiva à primeira década da sua existência. Temos que
saber defender aquilo que é nosso e a saber determinar a nossa gestão e
administração, não permitindo a pretexto de reformas centralistas que a
aconteça o pior que nos possa acontecer.
Que nunca nos falte a alegria de ser
da Ajuda da Bretanha, que nunca nos falte a ambição de um presente e de futuro
melhores e que nunca nos falte a vontade de carregar a Ajuda na coração.
Disse.
Ajuda da Bretanha, 10 de Julho de 2012
Tiago Reis Miranda
Presidente da Juventude Monárquica dos Açores
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