Por várias razões, a licenciatura em Ciência Política
de Miguel Relvas não me faz chorar nem rir: é mais como entrar em coma. Os estudos
políticos não são uma ciência. Toda a gente sabe isso, incluindo os pobres
esperançosos que ainda acreditam que, um dia, possa ser, como a economia, uma
"ciência sorumbática" - outra dismal science, na expressão de Carlyle.
Mas o não-dr. Relvas não tirou curso nenhum. Por muito mau que seja o curso de Ciência Política e
Relações Internacionais da Universidade Lusófona (UL) se o o não-dr. Relvas o
tivesse tirado, não só seria dr. Relvas, como seria, com certeza, menos
ignorante.
Ao licenciá-lo, a UL, de uma só cabeçada, faz pouco do ensino superior,
da ciência política, do Curso de Ciência Política na UL, das licenciaturas da
UL e de todos os que já se licenciaram e vão licenciar-se na UL.
É como se uma zebra se apresentasse a uma universidade, como zebra, com
experiência de zebra, para ter direito a ser licenciado como zoólogo. É
confundir o ser o que ele é com quem estuda o que ele faz.
Por muito legal que seja, a equivalência insulta a licenciatura
universitária: estudar é estudar livros e autores, num ambiente de estudo, sob
a orientação de professores. A UL fez, como dizem os americanos, cocó no local
onde come.
É um incitamento a não estudar, a ir para a vida e vir buscar o canudo
quando der jeito. O não-dr. Relvas, entre outros, foi beneficiário - e vítima -
disso.
Coitado; não aprendeu.
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Obrigado e bem haja
Obrigado e bem haja
Grande Miguel Rsteves Cardoso, sempre oportuno nos comentários que faz.
ResponderEliminarNão há qualquer dúvida que ele faz um verdadeiro jus à bandalheira da UL, maioritáriamente maçónica e que anda a mando do poder do avental.
Grande Miguel, que saudades tinha eu de ler os teus artigos.
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