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Manuel Beninger

quarta-feira, 11 de julho de 2012

RÉPLICAS DAS LÂMPADAS PORTUGUESAS ROUBADAS POR NAPOLEÃO VÃO SER OFERECIDAS À CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

S.A.R., o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, acompanhado por António Macedo e Dom Abade de Singeverga.
Teve lugar no passado fim-de-semana uma peregrinação organizada pela Real Irmandade de S. Miguel da Ala, uma associação de fiéis canonicamente ereta na Arquidiocese de Santiago de Compostela e que juntou membros espanhóis e portugueses e Damas e Cavaleiros das Ordens Dinásticas e também representantes das Ordens da Santa Sé; de São João de Malta e da Santa Maria Teutónica e do Laicado Carmelitano.
Mosteiro Imperial de Santa Maria de Oseira
Real Irmandade de São Miguel da Ala da Arquidiocese de Santiago de Compostela
Sua Alteza Real, o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança
Sua Alteza o Duque de Coimbra, D. Henrique de Bragança
Sua Alteza o Duque de Coimbra, D. Henrique de Bragança
D. João de Saldanha, Carlos Evaristo, Federation of Royal Brotherhoods of Saint Michael of the Wing, Abade Luís Aranha OSB, Ir. Alfonso OC, Ir. Luís, Ponces de Carvalho, Paulo Falcão Tavares
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A Real Irmandade de São Miguel da Ala é uma de oito associações da mesma soberana invocação que desde 2001 têm vindo a ser criadasem várias Dioceses do mundo e reunidas em Federação. A RealIrmandade toma o nome e os símbolos da antiga Ordem de São Miguel da Ala, a primeira Ordem Militar Portuguesa fundada por D. Afonso Henriques após o auxílio prestado por Cavaleiros da Ordem de Santiago Espanhola na tomada de Santarém aos Mouros em 1147. AOrdem foi aprovada mais tarde pelo Papa Alexandre III em 1171 e manteve a sua sede no Mosteiro Cisterciense de Alcobaça com uma Comenda no Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Oseira, na Galiza. A antiga Ordem Monástica Militar teve atividade registada em Portugal até 1834 altura em que todas as ordens religiosas foram extintas no reinado da Rainha D. Maria II. Pouco depois, a Ordem foi refundado no Vaticano pelo Rei D. Miguel I como Ordem Dinástica condecorativa da Casa Real Portuguesa.
A peregrinação que teve início no Mosteiro de Santa Maria de Oseira onde os Confrades foram recebidos pelos Monges de Cister contou com uma Missa para grupo e almoço convívio no Claustro para os convidados que incluíram Sua Alteza Real, o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, um grupo de religiosas Portuguesas e vários nobres e grandes de Espanha além dos Confrades.
Antes de partirem o grupo visitou a biblioteca e a famosa Botica do Mosteiro onde existem armas esculpidas da Ordem de São Miguel e onde os principais mentores da restaurada Botica de São João no Castelo de Ourém, nomeadamente Carlos Evaristo, Paulo Falcão Tavares e José António da Cunha Coutinho puderam deixar um exemplar do catálogo da exposição Ouriense.
A Fundação Histórico – Cultural Oureana sediada em Ourém, em nome do grupo, ofereceu à Comunidade Cisterciense uma especial Custódia para expor o Santíssimo Sacramento desenhada em forma de Nossa Senhora do Leite, Padroeira do Mosteiro.
Depois da estadia em Oseira o grupo partiu para Compostela onde foi recebido pelo Chanceler da Arquidiocese na Igreja de São Fructuoso onde presidiu a uma Velada de Armas para os novos Confrades da Real Irmandade Diocesana e onde houve um memorial e Guarda de Honra ao Rei Dom Manuel II, no 80º Aniversário do seu falecimento.
A peregrinação culminou com uma Missa Solene presidida pelo Senhor Arcebispo de Santiago de Compostela D. Julian Barrio Barrio, logo após uma receção no Paço Episcopal onde teve lugar a celebração de um Protocolo ente a Real Irmandade e a Arquidiocese sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa. O Protocolo destina-se ao patrocínio do restauro e conservação do património histórico da Catedral, de preferência o de origem Portuguesa, e ainda à angariação de fundos para obras liturgicas ou de arte sacra para o Santuário.
Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana e Secretário Geral da Federação das Reais Irmandades na presença do Deão da Catedral, do Vigário Geral e do Chanceler da Diocese, do Juiz da Real Irmandade Luís de Castro Valle e Vice-Juiz Juan de Castro Valle e dos membros da Real Irmandade, anunciou que o primeiro contributo seria a oferta de duas lâmpadas em prata para a Capela do Santíssimo Sacramento da Catedral, réplicas das que foram oferecidas pelo Rei D. Dinis e a Rainha Santa Isabel e pela Rainha D. Maria I. Ambas as lâmpadas originais foram roubadas pelas tropas Francesas de Napoleão e derretidas aquando das invasões.
As réplicas em prata elaboradas por Carlos Evaristo terão cada uma delas um medalhão com as Armas da Casa Real, da Real Irmandade e as efígies da Rainha Santa Isabel e do Santo Condestável, dois dos maiores devotos Portugueses do Apóstolo São Tiago.
O dinheiro para as lâmpadas foi entregue na ocasião pela Real Irmandade ao Deão da Catedral que juntamente com o Presidente da Comissão do Património, irá supervisionar a fundição das mesmas em prata de lei.
Durante a Santa Missa presidida pelo Senhor Arcebispo, Carlos Evaristo, em nome do grupo, leu a invocação ao Senhor Santiago, pedindo por Portugal e os Portugueses nesta presente crise e pela Casa de Bragança, devota há séculos do Apóstolo e representada na celebração por Sua Alteza o Duque de Coimbra, D. Henrique de Bragança.
Já de regresso a Portugal os peregrinos visitaram o Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Pontevedra onde renovaram a consagração à Virgem Santa Maria dos membros do Exército Azul.
A acompanhar os peregrinos estiveram as Relíquias Insignes do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira e uma Relíquia de São Tiago Apóstolo da Lipsanoteca da Fundação Oureana.
Gabinete de Relações Públicas
Ourem Castle Information Centre

Texto: Carlos Gomes

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