S.A.R., o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, acompanhado por António
Macedo e Dom Abade de Singeverga.
Teve lugar no passado fim-de-semana uma peregrinação organizada pela
Real Irmandade de S. Miguel da Ala, uma associação de fiéis canonicamente ereta
na Arquidiocese de Santiago de Compostela e que juntou membros espanhóis e
portugueses e Damas e Cavaleiros das Ordens Dinásticas e também representantes
das Ordens da Santa Sé; de São João de Malta e da Santa Maria Teutónica e do
Laicado Carmelitano.
Mosteiro Imperial de Santa Maria de OseiraReal Irmandade de São Miguel da Ala da Arquidiocese de Santiago de Compostela
Sua Alteza o Duque de Coimbra, D. Henrique de Bragança
D. João de Saldanha, Carlos Evaristo, Federation of Royal Brotherhoods of Saint Michael of the Wing, Abade Luís Aranha OSB, Ir. Alfonso OC, Ir. Luís, Ponces de Carvalho, Paulo Falcão Tavares
---------------
A Real Irmandade de São Miguel da Ala é uma de oito associações da mesma
soberana invocação que desde 2001 têm vindo a ser criadasem
várias Dioceses do mundo e reunidas em Federação. A Real Irmandade
toma o nome e os símbolos da antiga Ordem de São Miguel da Ala, a primeira
Ordem Militar Portuguesa fundada por D. Afonso Henriques após o auxílio
prestado por Cavaleiros da Ordem de Santiago Espanhola na tomada de Santarém
aos Mouros em 1147. AOrdem foi aprovada mais tarde
pelo Papa Alexandre III em 1171 e manteve a sua sede no Mosteiro Cisterciense
de Alcobaça com uma Comenda no Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Oseira,
na Galiza. A antiga Ordem Monástica Militar teve atividade registada em
Portugal até 1834 altura em que todas as ordens religiosas foram extintas no
reinado da Rainha D. Maria II. Pouco depois, a Ordem foi refundado no Vaticano
pelo Rei D. Miguel I como Ordem Dinástica condecorativa da Casa Real Portuguesa.
A peregrinação que teve início no Mosteiro de Santa Maria de Oseira onde
os Confrades foram recebidos pelos Monges de Cister contou com uma Missa para
grupo e almoço convívio no Claustro para os convidados que incluíram Sua Alteza
Real, o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, um grupo de religiosas Portuguesas e
vários nobres e grandes de Espanha além dos Confrades.
Antes de partirem o grupo visitou a biblioteca e a famosa Botica do
Mosteiro onde existem armas esculpidas da Ordem de São Miguel e onde os
principais mentores da restaurada Botica de São João no Castelo de Ourém,
nomeadamente Carlos Evaristo, Paulo Falcão Tavares e José António da Cunha
Coutinho puderam deixar um exemplar do catálogo da exposição Ouriense.
A Fundação Histórico – Cultural Oureana sediada em Ourém, em nome do
grupo, ofereceu à Comunidade Cisterciense uma especial Custódia para expor o
Santíssimo Sacramento desenhada em forma de Nossa Senhora do Leite, Padroeira
do Mosteiro.
Depois da estadia em Oseira o grupo partiu para Compostela onde foi
recebido pelo Chanceler da Arquidiocese na Igreja de São Fructuoso onde presidiu
a uma Velada de Armas para os novos Confrades da Real Irmandade Diocesana e
onde houve um memorial e Guarda de Honra ao Rei Dom Manuel II, no 80º
Aniversário do seu falecimento.
A peregrinação culminou com uma Missa Solene presidida pelo Senhor
Arcebispo de Santiago de Compostela D. Julian Barrio Barrio, logo após uma
receção no Paço Episcopal onde teve lugar a celebração de um Protocolo ente a
Real Irmandade e a Arquidiocese sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa.
O Protocolo destina-se ao patrocínio do restauro e conservação do património
histórico da Catedral, de preferência o de origem Portuguesa, e ainda à
angariação de fundos para obras liturgicas ou de arte sacra para o Santuário.
Carlos Evaristo, Presidente da Fundação Oureana e Secretário Geral da
Federação das Reais Irmandades na presença do Deão da Catedral, do Vigário
Geral e do Chanceler da Diocese, do Juiz da Real Irmandade Luís de Castro Valle
e Vice-Juiz Juan de Castro Valle e dos membros da Real Irmandade, anunciou que
o primeiro contributo seria a oferta de duas lâmpadas em prata para a Capela do
Santíssimo Sacramento da Catedral, réplicas das que foram oferecidas pelo Rei
D. Dinis e a Rainha Santa Isabel e pela Rainha D. Maria I. Ambas as lâmpadas
originais foram roubadas pelas tropas Francesas de Napoleão e derretidas
aquando das invasões.
As réplicas em prata elaboradas por Carlos Evaristo terão cada uma delas
um medalhão com as Armas da Casa Real, da Real Irmandade e as efígies da Rainha
Santa Isabel e do Santo Condestável, dois dos maiores devotos Portugueses do
Apóstolo São Tiago.
O dinheiro para as lâmpadas foi entregue na ocasião pela Real Irmandade
ao Deão da Catedral que juntamente com o Presidente da Comissão do Património,
irá supervisionar a fundição das mesmas em prata de lei.
Durante a Santa Missa presidida pelo Senhor Arcebispo, Carlos Evaristo,
em nome do grupo, leu a invocação ao Senhor Santiago, pedindo por Portugal e os
Portugueses nesta presente crise e pela Casa de Bragança, devota há séculos do
Apóstolo e representada na celebração por Sua Alteza o Duque de Coimbra, D.
Henrique de Bragança.
Já de regresso a Portugal os peregrinos visitaram o Santuário de Nossa
Senhora de Fátima em Pontevedra onde renovaram a consagração à Virgem Santa
Maria dos membros do Exército Azul.
A acompanhar os peregrinos estiveram as Relíquias Insignes do Santo
Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira e uma Relíquia de São
Tiago Apóstolo da Lipsanoteca da Fundação Oureana.
Gabinete de Relações Públicas
Ourem Castle Information Centre
Sem comentários:
Enviar um comentário