Podem existir fórmulas de democracia que sejam diferentes da
representação partidária que temos. A democracia directa e participativa, é nos
dias de hoje, com os meios de comunicação existentes, cada vez mais uma
possibilidade real, pelo menos ao nível da organização comunal. Os novos meios
de informação e comunicação facilitam esta democracia original.
Os municípios portugueses, com toda a sua identidade histórica, podiam
ser entidades comunais, com poderes administrativos substancialmente maiores e
que poderiam ser governados por um sistema de democracia directa (de
assembleias comunais).
Depois, basta coroar essas repúblicas de homens livres, com um Rei que
una a nação. Um rei para unir a nação e alguns ministros (eleitos por uma
assembleia de representantes comunais e corporativos) para questões de
administração central e relações exteriores.
Um governo com substancialmente menos poderes. Um Rei que representa a
nação para a chefia do estado, das forças armadas e dos negócios estrangeiros.
É apenas uma ideia diferente de sociedade. Mas merece pelo menos o
respeito de alternativa perante a falência do modelo actual.
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