A Democracia só seria semelhante a liberdade, contanto que o horizonte
de possibilidades fosse amplo, real e sério. Mas não o é.
Afigura-se, portanto, a necessidade de um novo paradigma emergente face
ao atual: Democracia participativa-interativa. Uma Terceira Via Democrática
face à inoperância da atual e à perversão da original grega.
O movimento Plataforma de Cidadania nasce da necessidade premente de
devolver-se à democracia o seu real valor e importância no seio das sociedades
contemporâneas, imprimindo um registo civilizacional ulterior na moralidade
político-partidária.
O desacreditar e a insatisfação generalizada no actual sistema e modelo
político-partidário - que sofre de uma crise sistémica, pela deturpação de
valores e princípios persecutórios da genuína natureza humana, no abandono dos
preceitos da cidadania -, traduziu-se no afastamento do exercício cívico e das
práticas de cidadania reflectido, sobretudo, nos actos eleitorais, levando a
abstenção a números preocupantes.
Nesta demanda, e na senda da renovação das sociedades, sente-se, em
grande escala, o voltar de costas da massa crítica jovem: homens do futuro que
se ausentam do presente, na vergonha do passado recente, perante o exacerbado
clientelismo politico.
É face a esta vergonha, e no sentimento de impotência participativa e
decisória, que a Plataforma de Cidadania procura alternativas que abra um
espaço democrático e de cidadania para o cidadão tomar as devidas precauções na
defesa do interesse colectivo.
A Plataforma de Cidadania alicerça-se nos seus pressupostos de base,
numa democracia direta-interactiva, colocando o indivíduo no eixo do sistema na
linha do coletivo, valorizando o interesse pessoal em prol do interesse
colectivo e da coisa comum.
Sob a égide deste pensamento e perante o actual estado das coisas, a
Plataforma de Cidadania assegurou junto do PPM e PND os requisitos legais para
concorrer às próximas eleições legislativas Regionais.
Esta união de forças políticas, atentas às mudanças, vem permitir que
todo o cidadão possa participar livremente da actividade societária e
democrática sem as amarras e obediência cega às doutrinas e disciplinas
impositivas dos partidos.
Neste despertar para as novas realidades, o entendimento do PPM E PND
foi soberano no esvaziamento dos seus programas políticos e eleitorais -
mantendo apenas os seus princípios de base convergente na defesa do Ambiente e
na exaltação da Ecologia - para dar espaço legal a todos os participante da
Plataforma de Cidadania, na elaboração de um programa eleitoral feito na raiz
da sociedade, assente na diversidade do conhecimento e na pluralidade dos
ideais democráticos, para concorrer às próximas legislativas regionais dos
Açores.
Neste âmbito e a partir desta oportunidade, a Plataforma de Cidadania
tomará um lugar de destaque na condução das políticas mais consequentes para a
região, vindas de todos os quadrantes da comunidade.
Para este efeito, será criada uma bolsa de eleitores, de modo a que
todos possam remeter as suas propostas, de acordo com os seus ideais, de forma
a integrarem o próximo programa eleitoral.
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