Esta história começa em
Vila Viçosa com o casamento do duque de Bragança, futuro D.
João IV com D. Luísa de Gusmão, que encheu os salões do palácio para um
magnífico e requintado banquete. Com a subida ao trono em 1640 e o início da
Dinastia de Bragança, a corte muda-se para Lisboa, ganha novos hábitos alimentares
e de aparato. Depois de uma apurada e exaustiva pesquisa, com a consulta de
variados arquivos pessoais e em bibliotecas, Ana Marques Pereira apresenta-nos
uma obra original, que nos mostra que a história da mesa não se baseia apenas em receituários. Esta
viagem amplamente ilustrada com quadros, azulejos, gravuras, ementas régias,
imagens de grandes baixelas e objetos de porcelana e vidro, termina com o fim
da monarquia e a chegada da Primeira República. O último ato público do rei D.
Manuel foi exatamente num banquete em honra do presidente da República
brasileiro de visita ao país. Poucos dias depois a revolução estava na rua e a
família real partia para o exílio falhando a programada visita de Sua Majestade
ao Vidago, no dia 6 de outubro. A recordar essa data ficaria a ementa já
impressa de um banquete que não passaria do papel.
Sobre a autora:
Ana Marques Pereira natural de Castelo Branco licenciou-se em Medicina
na Universidade de Lisboa. Publicou um estudo sobre cozinhas senhoriais em
Portugal intitulado Cozinhas. Espaço e Arquitetura. Colaborou com o capítulo «A
mesa na Casa de Bragança», no livro Bragança Marca a História, a História Marca
Bragança, publicado pela Câmara de Bragança, em 2009. Publicou o livro Receitas
e Truques para Doentes Oncológicos. Em 2010 colaborou no livro A Mesa dos Reis
escrevendo o capítulo «Ofícios de Boca na Casa Real Portuguesa (Séculos XVII e
XVIII)». Em Outubro de 2008 criou um blogue intitulado «Garfadas online».
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