Por detrás da crise política e do interesse internacional na
Guiné-Bissau esconde-se uma espécie de "Conferência de Berlim", cujo
objectivo é a redistribuição da África negra entre as potências coloniais
tradicionais e as potências em emersão com grande apetite imperialista. Nessa
partilha criminosa da África, em que nações inteiras e respectivos países estão
a ser discretamente vendidos à potências poderosíssimas, Portugal e Angola (e
mesmo a CPLP) hão de surgir na História como sendo as entidades que hipotecaram
países lusófonos da África e que tornaram possível a re-escravização das
populações respectivas. O mortífero
silêncio de Portugal sobre a ocupação colonial de Cabinda por Angola e a
crescente imponência militar angolana noutros países Africanos, assim como o
assustador grau de corrupção tanto em Angola como em Portugal, sugerem que
os Estados Português e Angolano estão a desempenhar um papel feíssimo, i.e. o
de mercenários encarregados de facilitar a pilhagem dos países lusófonos
vítimas da "venda".
Bartolomeu Capita
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