Apresentação do Protocolo que garante a independência da Plataforma de
Cidadania e a prevalência absoluta dos mecanismos da democracia direta
A Plataforma de Cidadania é um projeto político absolutamente inovador e
uma das grandes esperanças de renovação do atual sistema político açoriano.
Numa conjuntura política marcada pela incompetência da classe política
dirigente e pela canibalização da administração regional pelos aparelhos
partidários, a Plataforma de Cidadania representa uma oportunidade dos cidadãos
readquirirem o controlo direto do processo de tomada de decisão coletivo.
A Plataforma de Cidadania define-se como um espaço político de
participação, interação, exigência, transparência, rigor, competência e
solidariedade. Neste projeto o compromisso eleitoral é inviolável e a
democracia interna é um dogma. Neste novo começo cabem todos os que ainda
acreditam que é fulcral preservar uma sociedade onde prevaleça o princípio da
igualdade de oportunidades e que é possível e prioritário inverter o ciclo de
empobrecimento brutal que se vive no país e na região.
Neste projeto todos são decisivos e todos são necessários. Neste projeto
não existem votos de qualidade e os votos de todos os homens e de todas as
mulheres contam de igual forma, sem que seja permitido qualquer género de
prevalência. Neste projeto o cidadão é chamado a sufrágio de forma permanente,
através da bolsa de eleitores, ao longo dos quatro anos da legislatura. Neste
projeto o cidadão mantem a capacidade de deliberação de forma permanente e quem
o representa – os deputados – nada poderá fazer nas suas costas e sem o seu
sufrágio.
É um projeto extraordinariamente exigente para os deputados que vierem a
ser eleitos, uma vez que os princípios e natureza conceptual da Plataforma de
Cidadania exigirá uma ligação sem precedentes com o eleitorado. O deputado da
Plataforma está obrigado a prestar contas e a publicitar o seu trabalho de
forma permanente ao longo de toda a legislatura. Espera-os um trabalho árduo de
participação e iniciativa, uma vez que os cidadãos não deixarão de exigir uma
atitude de propositura e participação permanente.
Este projeto, da forma como está desenhado, insere-se no âmbito dos
movimentos europeus progressistas que preconizam a recuperação dos mecanismos
da chamada democracia direta. Do ponto de vista formal e objetivo o êxito deste
projeto significará o princípio do fim dos diretórios partidários e da rede de
interesses que se move em seu redor.
O Protocolo que publicitamos nesta ocasião é a prova incontestável que
os nossos eleitos serão totalmente independentes de qualquer direção
partidária. Neste Protocolo, os dois partidos que forneceram o espaço
institucional necessário para a candidatura da Plataforma de Cidadania assumem,
de forma absolutamente rotunda e inequívoca, que não impuseram qualquer forma
de controlo político e que não participam em qualquer mecanismo de tomada de
decisão da Plataforma de Cidadania. Os eleitos da Plataforma de Cidadania
dependerão apenas dos processos internos de interação com cidadania e estarão
estreitamente vinculados aos compromissos que assumirão no âmbito do Programa
Eleitoral. E é tudo!
Resta dizer que estamos a conseguir uma adesão absolutamente esmagadora.
Neste momento o nosso principal problema é conseguir dar resposta às inúmeras
solicitações de que estamos a ser alvo. Montámos uma estrutura administrativa
de pequena dimensão que já não consegue dar uma resposta cabal ao movimento
gerado. Por isso vamos reforçar, com urgência, o nosso secretariado. Nestas
condições, esperamos – e estamos em condições de assumir, neste momento, estas
expectativas – um resultado absolutamente extraordinário. Estaremos,
certamente, no restrito grupo das três maiores forças políticas regionais.
Pudemos adiantar que qualquer que venha a ser o cenário parlamentar que
venha a emergir destas eleições, a nossa decisão final dependerá dos nossos
processos de decisão internos e que estará veiculado a Programas de Governo
concretos. A nossa perspetiva geral será proteger os rendimentos das pessoas e
combater ferozmente as despesas excessivas da administração, nomeadamente todas
as que estejam relacionadas com a colonização partidária do aparelho do Estado.
Esse será o nosso caminho.
Sede de campanha paga com o dinheiro do PPM, e com mais chulos por trás.
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