A 5 de Outubro de 1910,por uma revoluçãozeca e
traição de muitos, uma minoria impôs um regime que nunca foi referendado. Por
telefone, os vira-casacas aceitaram o novo modelo que de modelar, exemplar, nunca
nada teve. Hoje, segundo os herdeiros ideológicos da efemeridezinha, dizem que
o povo aplaude a república. Vêem-se nas televisões multidões incontáveis nas
ruas e praças deste país! Mentira. O que se viu nas televisões, foi muita polícia
e meia dúzia de curiosos. Entretanto os celebrantes, muitos obrigados por inerência
de funções e já sem qualquer convicção, refugiaram-se no “ Pátio das Galés”, bem
escondidos das multidões vibrantes que nas ruas e praças de Portugal tomaram, eufóricas,
todos os milímetros quadrados não deixando espaço livre para a tão esperada e
desejada exaltação da república e, sobretudo, dos enormes benefícios que nos
está a dar. Essa multidão esperava dar gritos à república salvadora, amiga do
povo, como se está a ver e a sentir hoje…Mas essa multidão, deseja da e
sonhada, ficou em casa. Ficou
escondida e temerosa que amanhã, dia 6,a república lhe meta mais uma vez as
mãos nos seus bolsos já vazios e até sem cotão…Essa multidão escondida e cheia
de medo e de raiva não compareceu no “Pátio das Galés” nem nas ruas nem nas
praças nem nos cemitérios de Portugal a prestar homenagem aos “heróis” (!!!) da
república! Não, 102 anos depois Portugal está moribundo. Sem esperança. Sem
crédito. Sem dinheiro. Sem Homens que amem o seu e nosso país, o sirvam e não
se sirvam. Sem memória.Com vergonha dos políticos que, em nome dos chamados
valores republicanos, nos conduziram a esta miséria colectiva.
Com uma Monarquia estaríamos melhor? Não sei. Sei que
pior não era possível. Que o Rei, imparcial, memória viva de Portugal, ao menos
nos transmitiria a esperança da perenidade da Pátria. O Rei não é um símbolo
efémero. O Rei é a Pátria eterna. O Rei lembra-nos todos os que construíram
Portugal, nos bons e nos maus momentos.
Hoje, dia 5 de Outubro, não é nem pode ser dia de
festarolas. Até porque o povo não adere. Nunca aderiu à república! Os factos
passam diante dos nossos olhos nas televisões. O povo não participa. O Governo
da república refugia-se com medo do Povo. Não há festa. Não pode haver. Há é
pobreza crescente, desemprego galopante, tristeza colectiva, assalto aos nossos
bolsos…a república prometeu “ mundos e fundos”, caluniou o Rei e a Família
Real, assassinou, manchou-se de sangue…e aí a temos; desfalecida, pobre, anémica,
com meia dúzia de saudosistas de um passado inglório e coberto de opróbrio… E, como
pode esperar-se que alguém, com um mínimo de dignidade e de pudor possa dar um
só “viva a república”?
Haja vergonha!
Carlos Aguiar Gomes
(Presidente da Associação Famílias)
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