A Causa Real lançou hoje o manifesto “A Unir Portugal desde 1143” para que os
“portugueses olhem para a monarquia como uma alternativa” para o país”,
considerando que “a instituição real pode ser uma resposta a grande parte dos
problemas”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Causa Real, Luís
Lavradio, explicou que “uma monarquia tem na sua cúpula uma instituição real
que é independente e isenta e que encara e incorpora um projeto nacional que
vai para além das próximas eleições”, considerando que esta “pode ser uma
resposta a grande parte dos problemas” de Portugal.
“Aquilo a que apelamos aos portugueses é que olhem para a
monarquia da mesma forma que ela existe nos outros países europeus hoje em dia,
que olhem para a monarquia como uma verdadeira alternativa para Portugal para o
futuro”, disse.
Na opinião de Luís Lavradio há atualmente “uma perda de
esperança e uma perda de norte” em Portugal, considerando que tal “pode ser
colmatado e muito bem com uma monarquia”.
Para o presidente da Causa Real, o manifesto “é uma chamada
de atenção para os portugueses de facto considerarem a monarquia uma hipótese
válida e viável”, defendendo que “esta alternativa é a melhor para Portugal”.
O manifesto foi já assinado ex-presidente do BCP Paulo
Teixeira Pinto, pelo vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos António
Nogueira Leite, pelo ex-ministro Augusto Ferreira do Amaral e pelo
administrador da Fundação Calouste Gulbenkian Diogo Lucena.
O manifesto, que recolheu perto de cem assinaturas de
“pessoas que estão muito próximas do próprio esboço do texto”, será posto na
sexta-feira na página do Facebook da Causa Real “para recolher quantas mais
assinaturas possível”.
Recordando que “todos os momentos importantes da história de
Portugal foram encabeçados por um rei e foram encarados como um projeto
nacional que uniu a instituição real ao povo português”, Luís Lavradio
sublinhou ainda países como Suécia, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Reino Unido,
Japão ou Canadá são “exemplos extraordinários de projetos nacionais de continuidade
nacional e de posicionamento internacional que só acontecem porque existe essa
instituição real, independente, que agrega a unidade nacional”.
“Eu acho que as pessoas olham para a Causa Real e para os
monárquicos de uma forma errada, muito talvez propagada pelos próprios
monárquicos do passado. Não tem nada a ver com voltar ao passado, não tem nada
a ver com a rotativista do século XIX, muito menos com a monarquia das cortes
do século XVIII mas tem muito a ver com uma alternativa política para Portugal
para o futuro”, considerou.
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