É a mais antiga locomotiva da Península Ibérica
O município de Vila Nova de Famalicão opõe-se à hipótese a célebre “Andorinha”,
a mais antiga locomotiva da Península Ibérica, que se encontra estacionada no
núcleo museológico da Estação de Nine, poder ser deslocada para outra paragem para
além dos limites do concelho.
«Não nos passa pela cabeça semelhante cenário». É desta forma que o
vice-presidente e vereador para a cultura da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha,
reage às notícias que dão conta de uma eventual intenção da Fundação do Museu
Nacional Ferroviário de deslocalizar o acervo de Nine para o Entroncamento.
Todavia, adianta que «a Câmara Municipal não tem qualquer informação
nesse sentido por parte da direção da Fundação, com quem tem acordo de gestão
partilhada deste espaço, assim como, com o núcleo de Lousado que se encontra
aberto ao público». Para Vila Nova de Famalicão, o património que se encontra
em Nine representa «um símbolo identitário da região e como tal deve permanecer
no seu contexto natural, preservando-se a memória e identidade coletiva».
Paulo Cunha refere que a autarquia quer intervir neste espaço e uma
candidatura aprovada para o efeito que apenas «a conjuntura nacional» bloqueou.
A “Andorinha” foi uma das primeiras locomotivas da região, construída em
Inglaterra, chegou a Portugal há 155 anos aquando da construção das linhas do
Minho e Douro, tendo trabalhado mais de 100 anos.
A
posição na Câmara famalicense surge na sequência da aprovação, por unanimidade,
na Assembleia Municipal, de uma proposta do PPM, que pugnava pela «defesa
dos interesses do norte na preservação do material ferroviário e da célebre
“Andorinha”», a mais antiga locomotiva existente na Península Ibérica, que se
encontra no Núcleo Museológico Ferroviário de Nine.
A
recomendação, apresentada pelo eleito monárquico Manuel Beninger, tem por
base a possibilidade da histórica locomotiva «poder vir a ser deslocada da
região onde trabalhou mais de cem anos, para o sul».
Jornal "Correio do Minho" de 11 de Outubro, pág. 15
Jornal "Diário do Minho" de 10 de Outubro, pág. 11
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