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Manuel Beninger

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Famalicão rejeita perder a sua “Andorinha”


É a mais antiga locomotiva da Península Ibérica
O município de Vila Nova de Famalicão opõe-se à hipótese a célebre “Andorinha”, a mais antiga locomotiva da Península Ibérica, que se encontra estacionada no núcleo museológico da Estação de Nine, poder ser deslocada para outra paragem para além dos limites do concelho.
«Não nos passa pela cabeça semelhante cenário». É desta forma que o vice-presidente e vereador para a cultura da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, reage às notícias que dão conta de uma eventual intenção da Fundação do Museu Nacional Ferroviário de deslocalizar o acervo de Nine para o Entroncamento.
Todavia, adianta que «a Câmara Municipal não tem qualquer informação nesse sentido por parte da direção da Fundação, com quem tem acordo de gestão partilhada deste espaço, assim como, com o núcleo de Lousado que se encontra aberto ao público». Para Vila Nova de Famalicão, o património que se encontra em Nine representa «um símbolo identitário da região e como tal deve permanecer no seu contexto natural, preservando-se a memória e identidade coletiva».
Paulo Cunha refere que a autarquia quer intervir neste espaço e uma candidatura aprovada para o efeito que apenas «a conjuntura nacional» bloqueou.
A “Andorinha” foi uma das primeiras locomotivas da região, construída em Inglaterra, chegou a Portugal há 155 anos aquando da construção das linhas do Minho e Douro, tendo trabalhado mais de 100 anos.
A posição na Câmara famalicense surge na sequência da aprovação, por unanimidade, na Assembleia Municipal, de uma proposta do PPM, que pugnava pela «defesa dos interesses do norte na preservação do material ferroviário e da célebre “Andorinha”», a mais antiga locomotiva existente na Península Ibérica, que se encontra no Núcleo Museológico Ferroviário de Nine.
A recomendação, apresentada pelo eleito monárquico Manuel Beninger, tem por base a possibilidade da histórica locomotiva «poder vir a ser deslocada da região onde trabalhou mais de cem anos, para o sul».
Jornal "Correio do Minho" de 11 de Outubro, pág. 15
Jornal "Diário do Minho" de 10 de Outubro, pág. 11

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