O magnata dos media português não resistiu e vendeu de uma
assentada, a um não revelado grupo económico angolano, três
referências da comunicação social portuguesa: TSF, Diário
de Notícias e Jornal de Notícias. E ainda ofereceu de brinde o diário
desportivo "O Jogo", que passará a dar especial relevo ao
"Girabola", à semelhança do que tem feito ao longo destes
anos com os "Dragões".
Pensou o Joaquim: "antes que isto dê para o torto e eu tenha que
despedir a torto e a direito, como vai fazer o Belmiro no
"Público", deixa-me vender esta m**** aos angolanos. E fico com
a SportTV porque é isso que me dá o pataco e o poder."
Muito mal vai uma democracia quando se depara com a alienação dos seus
mais importantes orgãos informativos aos vorazes tubarões da economia.
A situação da Media portuguesa é tanto mais preocupante, quando uma
porção substancial da imprensa escrita fica nas mãos de interesses
angolanos, cujos princípios políticos são pouco dados a liberdades de imprensa.
Já detinham o semanário "Sol". Agora passam a ter também DN,
JN e TSF.
A questão a colocar é a seguinte: que mais se seguirá?
Talvez o grupo Impresa, proprietária da SIC e do semanário
"Expresso", que vive definhando em termos económicos?
E que dizer da RTP e da Agência Lusa, na linha da frente para serem
privatizadas?
Não admirará a ninguém se estas passarem também para as mãos dos
angolanos. Ainda para mais, com o "amigo" Relvas a tratar do assunto
junto do consultor Borges.
Convém ainda não esquecer que a "Isabelinha" dos Santos está
muito bem colocada no capital da Zon.
E a cereja no topo do bolo, vai ser um dia destes assistirmos a uma OPA
hostil à PT, vinda da parte duma Sonangol, ou doutra que tal carregada de
"petrodólares".
O maior inimigo de um governo (e dos interesses nefastos que este
protege) é um povo culto!
E a melhor arma para combater um povo culto é controlar quem o informa. (já
dizia o "Zé de Paris")
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