domingo, 2 de dezembro de 2012

Libertemos o Rei e Sua Majestade livre dê uma nova Constituição a seus povos

A força dos males nacionais, já sem limites, não nos deixaram escolher: a honra não nos permitiu ver por mais tempo em vergonhosa inércia a nação portuguesa, ultrajada e feita ludíbrio dos imberbes que seguram as rédeas da nação, todas as classes da nação com diabólico estudo deprimidas, e todos nós o desprezo da Europa e do mundo, por um sofrimento que passaria a cobardia; e em lugar dos direitos que vos prometeram recobrar em 25 de Abril de 1974, deram-vos a sua ruína, a honestidade reduzida a um mero fantasma; o povo diariamente despojado e ultrajado; a classe política, à qual se agregaram sucessivamente ténias às quais deveis vossa miséria nas terras da Flandres e no Atlântico, reduzida ao abatimento, despojada do lustre que outrora obtivera do reconhecimento nacional; a religião e seus ministros objecto de mofa e escárnio.
Que é uma nação quando sofre ver-se assim aviltada? Eia, portugueses, uma mais longa prudência seria infâmia. O povo já anda na rua sem as vendas da ignorância; vinde juntar-vos ao estandarte real que levamos em nossas mãos; libertemos o rei e Sua Majestade livre dê uma nova Constituição a seus povos; fiemo-nos em seus paternais sentimentos; e ela será tão alheia do despotismo como da licença; assim a nação irá rumar ao passo da Europa civilizada, e não atrás da sua cauda.
Achamo-nos no meio de valentes e briosos portugueses, decididos salvar a nação e franquear a Sua Majestade sua liberdade e autoridade, e a todas as classes seus direitos. Não hesiteis, cidadãos de todas as classes, vinde auxiliar a causa da nação, da realeza e de vós todos: e juremos não tornar a prestar vassalagem à vil trupe de abutres que paira no ar ávidos do féretro de uma nação desfalecida.
Não acrediteis que queremos restaurar o despotismo, operar reacções ou tomar vinganças; juremos pela religião e pela honra que só queremos a união de todos os portugueses, a salvação nacional e o rumo em direcção ás luzes do progresso.

Nuno Miguel Leheman Alves Pinto
Presidente Juventude Monárquica de Braga

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