“Posso dizer que estou exausto desse esforço que fiz, pensando nos
interesses do partido, mas que não tenho possibilidades de continuar a fazer”,
afirmou Paulo Estêvão em declarações à Lusa, alegando que além de residir no
Corvo, uma ilha onde “só há ligações aéreas três vezes por semana”, foi
reeleito, em outubro, deputado no parlamento açoriano.
Paulo Estêvão, eleito líder do PPM em 2010, apresentou “listas de
unidade, constituídas sem oposição interna”, sucedendo a Nuno da Câmara
Pereira, que se demitiu do cargo.
A nova liderança do PPM será analisada no Congresso Nacional do partido
em 2013, que decorrerá depois das eleições autárquicas, sendo que compete ao
Conselho Nacional do partido marcar a data e o local da reunião magna.
Para Paulo Estêvão, que diz sair de “consciência tranquila”, o PPM tem
inúmeras personalidades capazes de assumir a liderança do partido, embora
manifeste desde já o seu apoio ao atual vice-presidente.
“Eu penso que o Gonçalo da Câmara Pereira, que é fundador do partido, é
um ótimo candidato à liderança. Vamos a ver se ele assume esse desafio, mas se
ele não assumir temos várias outras personalidades que estão em condições de
assumir essa função”, salientou o líder do PPM.
Depois de pacificar o partido e unificar as estruturas nacionais, Paulo
Estêvão assegurou que nos próximos anos quer concentrar-se, sobretudo, no
crescimento do partido nos Açores e no desempenho das suas funções
parlamentares, algo que considerou ser “incompatível” com o pleno exercício da
liderança nacional do PPM.
Paulo Estêvão anunciou, ainda, que por opção pessoal o vice presidente
da Comissão Política Nacional, Gonçalo da Câmara Pereira, passou a exercer, por
delegação de poderes, desde 02 de dezembro, todas as competências que os estatutos
reconhecem ao presidente da Comissão Política Nacional.
A delegação de poderes é efetiva no âmbito de todos os atos que se
venham a realizar no território nacional, com exceção do território da Região
Autónoma dos Açores, uma situação que sevai manter até à realização das
eleições autárquicas, agendadas para outubro de 2013.
“Nestas eleições autárquicas é-me completamente impossível exercer a
proximidade que é necessária, acompanhando todos os candidatos do partido nas
308 eleições autárquicas que vamos disputar”, disse Paulo Estêvão,
acrescentando que a coordenação nacional do processo estará a cargo de Gonçalo
da Câmara Pereira.
há que reconhecer o trabalho desenvolvido pelo presidente.. mas ele tem toda a razão.. não pode estar nos 2 lados ao mesmo tempo..ah que ajudar.
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