Os festejos em Lisboa da data evocativa da Restauração da Independência
de Portugal em 1 de Dezembro de 1640 contaram este ano com grande adesão
popular. De todo o país aluíram bandas filarmónicas e, por toda a parte viam-se
pessoas empunhando bandeirinhas portuguesas da época da primeira dinastia, da
Restauração e da República.
À semelhança dos anos anteriores, as cerimónias foram organizadas pela
Sociedade Histórica da Independência de Portugal em colaboração com a Câmara
Municipal de Lisboa e contaram com a participação de D. Duarte de Bragança em
representação da Casa Real Portuguesa, de representações dos diversos ramos das
Forças Armadas e de numerosas individualidades e associações patrióticas.
Porém, a novidade consistiu na transformação de comemorações que antes se
encontravam praticamente vedadas à maioria dos cidadãos numa verdadeira festa
popular. O receio da irremediável perda de soberania está indubitavelmente a
fazer ressurgir entre os portugueses o seu apego à Pátria e à Liberdade.
Na ocasião, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António
Costa, garantiu que a capital do país continuará a celebrar o dia da
Restauração da Independência, lembrando que também em 1640 “muitos consideravam inevitável a perda da
independência” e de direitos. “Entre
1580 e 1640, também muitos consideravam inevitável a perda da independência da
pátria. Chamavam a isso uma realidade a que não se podia fugir e chamavam
irrealistas àqueles que não a aceitavam”, afirmou o autarca.
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