A pesca regional
não tem condições para cumprir com as exigências, de natureza burocrática,
previstas no Orçamento de Estado para este ano. Quem o defende é o presidente
da Cooperativa Porto de Abrigo que sublinhou que mais de 80 por cento das
empresas do setor são micro empresas, de âmbito familiar, onde a maioria dos
armadores tem poucas habilitações literárias.
Liberato Fernandes frisou não ser possível que os pescadores, com
os seus baixos rendimentos, sejam equiparados a empresas de maiores dimensões.
O dirigente da Porto de Abrigo falava esta tarde, aos jornalistas,
após um encontro com o líder do PPM, o segundo partido com o qual a cooperativa
já reuniu. O objetivo é convencer os vários partidos com assento parlamentar na
Assembleia Legislativa dos Açores, a debaterem, no Parlamento Regional,
preocupações dos diversos agentes que lidam com o mar.
Uma delas prende-se com o orçamento da União Europeia para as pescas que
está, pela primeira vez, integrado num pacote financeiro, abrangendo o conjunto
da área marítima. Uma situação, que segundo Liberato Fernandes, prejudica a
pesca.
Por sua vez, o líder do PPM, Paulo Estêvão, mostrou-se recetivo à ideia
do debate, salientando que o meio marítimo da região é limitado, pelo que é
necessário que as atividades que lidam com o mar sejam compatíveis.
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