O Partido Popular Monárquico
considera que a crise política das últimas semanas voltou a mostrar que um
Presidente da República serve interesses partidários, considerando ainda que
Cavaco Silva "perdeu tempo" com a proposta de entendimento de salvação
nacional.
Segundo o PPM, a crise política das últimas semanas voltou a mostrar que
um Presidente da República serve interesses partidários.
Para o presidente da Comissão Política do Partido
Popular Monárquico (PPM), Paulo Estêvão, o "Presidente da República perdeu
tempo ao propor um Governo de salvação nacional no contexto em que o estava a
fazer" porque já se sabia que seria um entendimento "muito
difícil", sobretudo quando o PS pedia há meses eleições antecipadas.
Por outro lado, Cavaco Silva fez bem em não convocar
eleições, considerou Paulo Estêvão, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada , nos
Açores, dizendo que não havia forma de chamar os portugueses a votos neste
momento sem afetar "gravemente a situação económica e financeira do
país".
Assim, para os monárquicos, o Governo PSD/CDS deve
exercer funções até ao final da legislatura.
"Fundamentalmente, defendemos a estabilidade e
consideramos que nos próximos dois anos devem ser implementadas reformas para
Portugal readquirir a confiança dos parceiros europeus e dos mercados",
defendeu.
Porém, para o PPM, e dada esta crise, "o sistema
republicano e o sistema de partidos republicanos está a mostrar-se
incapaz de convergir no sentido do interesse nacional", ao contrário
do que acontece nas monarquias da Europa do Norte.
"A figura do Presidente da República não
consegue ser totalmente representativa dos portugueses. Mesmo agora, quando pediu
o Governo de salvação nacional, deixou 20% da população de fora, que são o BE e
o PCP, não tendo nunca conseguido aquele que é o seu papel institucional, que é
o símbolo da unidade do povo português, de alguém que tem um papel neutral no
sistema. Nunca tem. O Presidente da República tende a beneficiar a sua família
política", afirmou, dizendo que o mesmo aconteceu com os socialistas Mário
Soares e Jorge Sampaio.
e com toda a razão.. esta mais do que visto que o cavaco não é isento..esta a segurar um governo e a defende lo.. pode se dizer este é um governo Cavaquista..
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