Le prince Hadrien de Croÿ-Roeulx,fils du prince Olivier de Croÿ-Roeulx et d’Isabelle Bochholtz, petit-fils du prince Rodolphe de
Croÿ-Roeulx et d’Odile de
Bailleul a épousé en la cathédrale de Montréal Jacqueline-Ariadne
Desmarais, petite-fille du riche homme d’affaires Paul Desmarais et de
l’ancien Premier Ministre Jean Chrétien. Après la cérémonie religieuse, les
mariés et leurs familles ont assisté à une réception à l’hôtel Ritz-Carlton
avant de recevoir leurs 750 invités sur l’île Sainte Hélène de Montréal,
privatisée pour l’occasion. (Merci à Antonin – Copyright photo : La
presse)
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SS.AA.RR. os Duques de Bragança visitaram o Quebec,
no Canadá, na semana de 5 a
11 de Setembro de 2013. No dia 8 realizou-se um encontro com a comunidade
portuguesa, organizado pelo Padre José Maria Cardoso, da Missão de Santa Cruz,
no qual participou também o Cônsul-geral de Portugal naquela cidade, Dr.
Fernando Demée de Brito. Ainda em Montreal, SS.AA.RR. assistiram ao casamento
do Príncipe Hadrien de Croÿ-Roeulx, filho dos Príncipes belgas Olivier e Isabel
deCroÿ-Roeulx, com Mlle Jacqueline Desmarais, neta do antigo Primeiro-ministro
do Quebec, Jean Chretien.
Como é do conhecimento de muitos, entre gestos de
ternura e centenas de pétalas de rosas brancas, a princesa de André Desmarais,
a filha Jacqueline-Ariadne saiu do seu castelo quebequense para se unir, pela
lei de Deus e dos homens, ao príncipe belga, Hadrien de Croÿ-Roeulx. Como toda
a jovem, ainda no desabrochar da seara, sonha unir seu destino a um príncipe
encantado. Desta vez é o coração terno de Jacqueline que se vê nutrido pelo
sonho de menina, cultivando o campo do amor para o resto da sua vida.
A nubente é neta de dois homens célebres do Quebeque,
o Ex-primeiro-ministro Jean Chrétien e o grande homem de negócios, Paulo
Desmarais.
De modo que este casamento recebeu 750 convidados
(dos mais ilustres) daqui e do mundo. Parabéns e felicidades aos noivos! Um
espetáculo! Porém, nós não fomos nem somos convidados dessa boda. Ainda bem…
Valha-nos ao menos essa. Não se admirem então se não virem aqui um desfile de
letras com o nome de todos os convivas.
Contudo, damos as boas-vindas aos Duques de Bragança
e ao Duque de D’Arenberg que fizeram uma agradável visita, precisamente ao
coração da comunidade portuguesa de Montreal, a Santa Cruz.
Dom Duarte Pio de Bragança e sua esposa D. Isabel de
Herédia foram convidados à assistir ao enlace matrimonial acima referido, Suas
Altezas Reais ainda pertencem às famílias dos noivos.
Dito isto, o casal real pernoitou em Montreal e no
domingo dia 8 de Setembro encontrou-se com o povo luso. O salão nobre estava
repleto de gente ansiosa por receber e aplaudir o herdeiro da coroa portuguesa,
sua esposa e o príncipe belga.
Coube ao Sr. Padre José Maria Cardoso, amigo acérrimo
dos ilustres visitantes, o papel de mestre-de-cerimónias. A principal questão é
que tudo decorreu como o Pe. José Maria e a sua equipa o desejavam.
Por sua vez, o Jason Côroa regalou os convidados
reais e os demais com o carinho da sua presença e a alegria da sua voz. O Jason
interpretou A Portuguesa – O Hino Nacional.
Ricamente vestidos, com os trajes do Minho e da
Nazaré, estavam aqueles Grupos Folclóricos que abriram alas para deixar entrar
o casal real e o Duque de D’Arenberg. Leopold, embaixador da Ordem Soberana de
Malta em Portugal já tinha estado em Montreal, de visita à comunidade, no ano
de 2007. Pela mesma ocasião, o Duque de Bragança e o de D’Arenberg apoiaram a
criação do centro educativo da Missão de Santa Cruz, UTL. O Príncipe Leopoldo
de D’Arenberg no seu discurso oficial referiu a remessa de livros que ofereceu
às Escolas de Santa Cruz e Lusitana, tanto na primeira viagem como nesta sua
passagem pela Missão de Santa Cruz. No seu discurso, o Duque de D’Arenberg
frisou que o apoio e a partilha são elementos fundamentais para um bom
desenvolvimento social e cultural, neste caso aposta nos jovens das escolas
portugueses como motores estratégicos de preservação da língua e da cultura
lusas.
Ao lado dos Duques marcou presença o Sr. Cônsul-Geral
de Portugal em Montreal, o Dr. Fernando Demée de Brito, com o qual trocamos
algumas palavras. A meu ver, a presença de um diplomata nos eventos da
Comunidade é sempre uma mais-valia e uma nota social no concerto diário que é a
vida de um povo longe da sua Terra.
Com esta visita quisemos saber, quer pela história
quer pelo interesse que nos move, com Dom Duarte Pio de Portugal: se a
monarquia voltasse sua alteza seria o novo rei? «Claro que individualmente
pensaria no meu País a longo prazo e teria uma visão futura, não pensaria
apenas em ganhar as próximas eleições». Para Dom Duarte a primeira República
foi um desastre: «Perseguiram os sindicatos, as mulheres e as minorias que não
votavam. Não se cultivava o bom senso, o carinho, o amor. Apodreceu a moral… »
Sr. Dom Duarte é o que estamos a viver agora em Portugal, não? Silêncios e logo
a resposta: «Minha senhora vai mal a moral em todo o sentido da palavra e da
moral-sexual nem bom é falar, não é só em Portugal, por todo o mundo».
Na pergunta seguinte quisemos saber o que pensa Dom
Duarte da crise financeira tão falada em Portugal: «Há muitos problemas
nacionais difíceis de resolver». Não os nomeamos por falta de coragem ou talvez
por vergonha… Ao que chegou a Nação que me deu luz. Porque será que gasto agora
o meu tempo e os meus olhos a escrever sobre ela?» Responda D. Duarte ou mesmo
o Primeiro-ministro de Portugal. Dom Duarte falou na justiça: «Como não há dinheiro, há muitos
culpados que conseguem a liberdade (por dá cá aquela palha) como foi o caso de
vários reincidentes aos fogos, saem das prisões sem que justiça seja feita,
depois voltam a fazer o mesmo».
Dom Duarte gosta imenso de viver em sua casa, em
família e diz entender-se bem com a vizinhança. A única pena, afirma:
«Desgosta-me e vejo muito descontrolo à minha volta, estão a desfigurar
Portugal, algumas construções feitas por lá em aldeias e cidades são autênticos
atentados à paisagem e ao nosso valioso património».
Ui… anda tudo de candeias às avessas, está visto. Mas
não há grande espaço para continuar esta conversa tão interessante. Dom Duarte
foi extraordinário e não tem papas na língua. Faria um excelente monarca! Temos
a certeza e não ocuparia o cargo de ministro de prateleira ou o de flores de
enfeite, é todo destemido, culto e moderno.
Dom Duarte Pio de Bragança (1945) casou com Dona
Isabel de Herédia no ano de 1995. São pais de Dom Afonso, de Dona Maria
Francisca e Dom Dinis.
No pouco que falámos com Dona Isabel vimos nela uma
mulher orgulhosa do seu País, das suas origens e da sua cultura identitária.
Uma duquesa que vive na procura de meios para que a paz social reine entre os
homens e o mundo. Notámos que a educação de seus filhos é uma prioridade
todavia, baseando-se nos tempos difíceis em que vive Portugal, preocupa-se com
o futuro. Dona Isabel revela ser uma mãe afetuosa que preza a família e
respeita a sociedade e seus valores. Na sua casa de Sintra vive num paraíso
harmoniosamente com a sua família. Dona Isabel sentiu-se acarinhada pelo povo
português de Montreal. Assim sendo, depois de ter sido coroada com seu esposo –
em nome de Deus e do Divino Espírito Santo – parte agora de alma plena e
pretende cultivar esta amizade para o resto da sua vida.
Dom Duarte saúda e agradece a todos quantos o
receberam. E faz um apelo aos imigrantes de Montreal e do Canadá para que se
inscrevam no consulado da Vª. área de jurisdição e votem nas eleições, como
cidadãos de Portugal.
Finalmente, notamos que os duques partiram
satisfeitos mas a sensação de bom grado e enriquecimento mútuo ficou no ar. É
de grande importância que nestes acontecimentos o ambiente seja sereno, seleto
e bem planificado. Foi isso que sentimos até ao fim. Todos confraternizaram com
os Duques levando na mão e aos lábios o seu portinho de honra. Honra lhe seja
feita Padre Zé Maria.
Maria Menezes
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