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Manuel Beninger

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O penúltimo Duque de Bragança morreu há 37 anos



D. Duarte Nuno de Bragança (nome completo: Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António de Bragança; Seebenstein, 23 de setembro de 1907 - Ferragudo, 23 de dezembro de 1976), 23° Duque de Bragança e o herdeiro do trono de Portugal. Era filho de D. Miguel II de Bragança e de D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

Vida

Foi aceite, pelos monárquicos legitimistas e pela Junta Central do Integralismo Lusitano, como Duque de Bragança e legítimo herdeiro da Coroa portuguesa, em 1920, após a renúncia do seu irmão primogénito Miguel Maximiliano de Bragança e, dias depois, do seu pai, a seu favor. Em 1929, visitou Portugal pela primeira vez, clandestinamente, na companhia de José Pequito Rebelo; percorreu as ruas de Lisboa, foi até Queluz e visitou o palácio onde havia nascido o avô, D. Miguel I de Portugal.
Após a morte do rei D. Manuel II de Portugal (1889–1932), foi reconhecido pelas organizações monárquicas como chefe da Casa Real Portuguesa e herdeiro do trono de Portugal.
Quando, em 1950, a Assembleia Nacional revogou a Lei do Banimento, que excluía a sua família do País, Duarte Nuno estabeleceu residência em Portugal, em 1953, disponibilizada pela Fundação da Casa de Bragança.
Após o estabelecimento da sua residência em Portugal, debateu-se com uma prolongada disputa contra D. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança, uma alegada filha natural do Rei D. Carlos I e, portanto, meia-irmã de D. Manuel II, pela titularidade e chefia da Casa Real.
Após o 25 de Abril de 1974, por força de ímpetos revolucionários, com as espoliações e nacionalizações, Duarte Nuno viu-se obrigado a abandonar a residência e mudou-se para a casa de uma das irmãs em Lisboa. Faleceu em 23 de Dezembro de 1976 e, encontra-se sepultado na Igreja do Convento dos Agostinhos de Vila Viçosa.

 

Casamento e descendência

Em 1942, casou-se no Brasil, com D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, bisneta de Dom Pedro II, último imperador do Brasil (1825–1891), e neta da última princesa imperial, D. Isabel de Bragança e do príncipe imperial consorte, D. Luís Gastão de Orléans, conde d'Eu. Através deste casamento, uniram-se os dois ramos da família. O casal teve três filhos:
1.                  D. Duarte Pio de Bragança (Berna, 15 de maio de 1945), duque de Bragança.
2.                  D. Miguel Rafael de Bragança (Berna, 3 de dezembro de 1946), Infante de Portugal e duque de Viseu.
3.                  D. Henrique Nuno de Bragança (Berna, 6 de novembro de 1949), Infante de Portugal e duque de Coimbra.

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