Pediram-me que interpretasse o sentimento comum de todos aqueles que este fim-de-semana se reuniram em Braga para a celebração dos Reis, um acontecimento que já vem sendo tradição na cidade.
Gostaria de fazê-lo por referência à
presença dos Duques de Bragança, Senhor Dom Duarte e Senhora Dona Isabel de
Herédia.
Os Reis Magos vieram anunciar a
Boa-Nova. E foi também o anúncio de uma Boa-Nova o sentimento que despertou em
mim a vossa presença e as celebrações que se realizaram em vosso redor.
A Boa-Nova de que existe um Ser
Português, uma Tradição espiritual que nos anuncia que, para além das nossas
diferenças individuais, existe em nós muito mais de comum do que aquilo que nos
diferencia. E que as vossas duas pessoas representam para nós.
O Ser Português, respectivamente como
Homem e Mulher, aquilo que é Ser Português, e o elo de ligação entre o passado
já vivido e o futuro que nos aguarda.
Ao contemplar a vossa presença nestas
celebrações eu vi o símbolo da família portuguesa e vi Portugal, que é uma
família. E vi o Bem que é Portugal e os portugueses.
Tem-se dito, por vezes, que a Tradição é
a História depurada do mal. Neste sentido, a Tradição é o Bem que cada
geração consegue juntar àquele que recebeu das gerações anteriores para o
transmitir, de forma acumulada, às gerações seguintes.
Por isso, eu vi também nas pessoas dos
Duques de Bragança os depositários de todo o Bem que todas as gerações de
portugueses, ao longo de quase nove séculos de História, conseguiram acumular.
Foi esse Bem português que se exprimiu
aqui em Braga durante estas celebrações, e de diversas maneiras.
Exprimiu-se na generosidade de todos
aqueles que trabalharam voluntariamente para organizar e dar realidade a este
acontecimento. Exprimiu-se na disponibilidade de todos para responderem
ao chamamento e estarem presentes. Exprimiu-se no sentimento de comunidade e de
união que nos sentou à volta da mesmas mesas. Exprimiu-se hoje, aqui
na Sé de Braga, que é a origem e a capital de uma das mais importantes
tradições que nos unem – a fé católica.
E exprime-se agora numa renovada
esperança para o Novo Ano. Uma esperança que é alimentada pela certeza de que
não estamos sós, que cada um de nós faz parte de um Ser ainda maior, que é o
Ser português, que este sentimento de comunhão nos torna mais fortes para
encarar o futuro como já foi capaz de nos conduzir às realizações mais
extraordinárias no passado.
Assim os Duques de Bragança sejam
iluminados por Deus e nos possam guiar no caminho. Estas celebrações de Braga
mostraram a nossa disponibilidade, senão mesmo a nossa ânsia, para os seguir e
acompanhar em comunhão.
Gostaria, por fim, de desejar a todos os
que nos acompanharam nestes dois dias de celebrações em Braga, e mais
geralmente a todos os portugueses, um Ano de 2014 cheio de esperança. E uma
vida longa à Casa de Bragança.
Obrigado.
P. Arroja (*)
Braga, 19 de Janeiro de 2014
(*) José Pedro de Almeida de Arroja,
conhecido por Pedro Arroja é um economista português com larga experiência no
mundo académico e empresarial, tanto a nível nacional como internacional.
Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do
Porto (1977), Mestre em Economia pela Universidade de Ottawa, Canadá (1979)
é Doutorado em Economia pela Universidade de Carleton, Canadá (1986).
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Obrigado e bem haja
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