Comissão organizadora muito satisfeita com
a grande mobilização na cidade
Foram «cumpridos plentamente» todos os objetivos
do Jantar de Reis, organizado em Braga, na noite de sábado, tendo-se prolongado
«até à 1h30 da madrugada» e envolvendo «cerca de 600 pessoas», entre
participantes, organizadores e músicos convidados, que deram «mais brilho» a
este serão de Reis.
«A sala ficou lotada e devo dizer que a
receção e a festa foi estrondosa e ninguém arredou pé antes do final», revelou,
com satisfação, Manuel Beninger, um dos rostos mais visíveis da organização deste
evento.
Pelo quinto ano consecutivo, Braga acolheu
o Jantar de Reis, tendo esta edição como inovação as iniciativas durante a
tarde no centro da cidade. «Voltamos a reunir dois objetivos no mesmo evento:
foi uma iniciativa solidária, com a angariação de fundos para apoiar a
Confraria de Nossa Senhora do Sameiro, responsável pelo segundo santuário
mariano em Portugal, que é importante preservar. Ao mesmo tempo, voltámos a
fazer a promoção de alguns produtos de excelência com origem em Portugal, com o
inestimável contributo de várias confrarias gastronómicas, empresas inovadoras
e entidades como é a Adere-Minho, com o apadrinhamento de D. Duarte e da sua
esposa. Pela primeira vez, fizémo-lo fora das quatro paredes do jantar, com a
passagem pela cidade e pelos museus e só podemos estar satisfeitos com a adesão
das pessoas, numa tarde de sábado e bastante chuvosa», destacou Manuel
Beninger.
Em relação ao valor angariado para ajudar a
pagar as obras de restauro do telhado da Basílica do Sameiro, a comissão organizadora
do Jantar de Reis (composta por representantes da sociedade civil, pela
Associação Industrial do Minho, a Associação Comercial e Arquidiocese de Braga)
«ainda não apurou» a totalidade da verba, porque, para além dos 25 euros de contributo
pago por cada um dos participantes no jantar, «houve ainda quem tenha feito
mais donativos» durante a noite.
Foram realizados sorteios, vendidas rifas e
organizado um leilão, estando em ogo «um pacote de férias» e «eletrodomésticos»,
entre outros bens ou serviços «gentilmente oferecidos por empresas» que se
associaram à iniciativa solidária. Assim, só depois de tudo apurado se saberá
quanto rendeu o Jantar de Reis de 2014.
O que já se sabe é que o evento «vai
repetir-se no próximo ano». O próprio duque de Bragança D. Duarte e a esposa
«já manifestaram disponibilidade para voltar a Braga» no próximo Jantar de
Reis. A organização ainda não escolheu qual será a próxima entidade a ser
apoiada. «Este ano foi a Confraria do Sameiro e no ano passado tinha sido a
Associação Famílias. Quanto ao próximo ano ainda há bastante tempo para se
escolher», disse Beninger.
De resto, tanto o duque de Bragança, como
D. Jorge Arcebispo de Braga, bem como a vereadora Lídia Dias (em representação
da Câmara de Braga, por ausência do presidente, que esteve no estrangeiro)
enalteceram a organização desta iniciativa e destacaram a «solidariedade» das
pessoas que, apesar do cenário de crise económica «se mantém forte».
Importa ainda referir que, do programa musical
previsto para a noite, apenas os músicos José Cid e José Perdigão não puderam
marcar presença, ao contrário do previsto. «No entanto, ambos deixaram
mensagens de apreço». De entre os outros, destaque para as atuações «de Hugo
Torres, um artista local que começa a despertar curiosidade nacional, o grupo dos
Fados de Alma Coimbra, já reconhecido internacionalmente», além de coros e um
quarteto de cordas».
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